A Brigada Militar pretende criar mais sete unidades da Patrulha Comunitária do Interior (PCI) na região. Atualmente são 18 equipes nos 31 municípios do Comando Regional de Policiamento Ostensivo do Vale do Rio Pardo (CRPO/VRP) e a ideia é chegar a 25. A avaliação técnica para definir a área de atuação da 19ª equipe já está em andamento. O Vale do Rio Pardo é a única região do Estado que conta com policiamento comunitário também no meio rural. O projeto foi criado em 2007.
Nos 31 municípios atendidos pelo CRPO do Vale do Rio Pardo vivem 541,3 mil pessoas. Destas, 195,9 mil estão no meio rural – o equivalente a 36%. São regiões com características totalmente distintas. De Santa Cruz do Sul em direção ao norte são minifúndios onde predomina a produção de tabaco. Já para o sul são fazendas de produção de soja e arroz e criação de gado e ovelha. “Estamos entrando em uma época que exige mais atenção para o interior devido aos casos de abigeato na parte sul e de roubo de tabaco na parte norte da região”, resumiu o coronel Valmir José dos Reis, comandante do CRPO e idealizador da PCI. Ele afirma que as equipes estão preparadas para reforçar o trabalho durante o verão.
Cada unidade da Patrulha Comunitária do Interior conta com dois policiais. Eles utilizam uma picape 4×4 para percorrer uma área delimitada em um ou mais municípios, fazendo um trabalho de proximidade com produtores rurais. “Há uma relação de confiança entre o policial e o pessoal do interior. Isso ajuda muito na realização do nosso trabalho. Tanto que os indicadores de abigeato estão caindo na região”, disse o coronel.
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Cerca de 100 brigadianos de toda a região, além de ruralistas de Rio Pardo, Pantano Grande e Cachoeira do Sul, participaram nesta quarta-feira, 6, de um encontro na localidade de Iruí, no interior de Rio Pardo. A atividade foi realizada na Fazenda dos Cardeais. Os policiais passaram por treinamento – inclusive de tiro – e os fazendeiros assistiram a uma palestra da Farsul sobre segurança no meio rural. “Além da patrulha rural, precisamos tomar alguns cuidados e investir em itens de segurança na propriedade”, disse o consultor da Farsul, Jerônimo Ferreira Barbosa.
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