A Polícia Civil investiga quem são os autores de quatro assassinatos registrados entre as noites de sexta-feira e de sábado na região – e quais seriam os motivos dos crimes. Em Santa Cruz do Sul, no Bairro Bom Jesus, os assassinos chegaram a deixar um bilhete sobre o corpo de Paulo César Lopes, de 29 anos, alvejado no rosto e no tórax no início da noite de sexta. O recado afirmava: “Roubou na comunidade, acabou o carinho”.
Na mesma noite ainda ocorreram dois assassinatos no Bairro Santa Vitória, também em Santa Cruz, e em Candelária. Já na noite de sábado, um homem foi morto em Rio Pardo. A polícia não descarta uma possível relação entre alguns dos casos.
Conforme a polícia, Lopes seria usuário de crack. Ele foi assassinado na esquina das ruas Madri e Dom Pedro, onde os policiais encontraram 14 cápsulas de pistola 9 milímetros. As outras três vítimas foram Hilario da Rosa, de 33 anos, alvejado na Rua Gustavo Doss, no Santa Vitória; José Luiz Senna, 52, baleado em diversas partes do corpo na Rua Jango Ribeiro, Bairro Rincão Comprido, em Candelária; e Rudinaldo da Silveira Bastos, 25, morto dentro de um armazém em Mutirão dos Camargo, interior de Rio Pardo.
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No caso do Santa Vitória, a vítima foi morta logo depois de sair de casa, às 23h45 de sexta-feira. Hilario da Rosa foi encaminhado ao Hospital Santa Cruz com três ferimentos de tiro no abdômen, mas não resistiu. Em Candelária, diversos estojos de calibre 9 milímetros foram localizados perto do ponto onde Senna foi baleado. Segundo a esposa, uma dupla chegou à casa da vítima de moto, chamou por Senna e atirou.
Interino da Delegacia Regional, o delegado Marcelo Chiara Teixeira afirmou que as delegacias dos três municípios trabalham na elucidação das mortes. “Ainda é cedo para dizer qualquer coisa”, comentou. Sobre os episódios em Santa Cruz, o delegado Alessander Garcia, titular da 2ª DP, acredita em uma possível relação com o tráfico de drogas. “As investigações estão no início, não podemos afirmar ou descartar nada por enquanto. Mas o tipo de arma empregada, a forma de abordagem e a quantidade de disparos nos sugerem que as mortes talvez tenham relação com o tráfico.”
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