Pouco mais de um ano após o latrocínio – roubo com morte – de José Antônio Pereira Martins, em Santa Cruz do Sul, o sócio da vítima, Celso Maciel Correa, foi condenado a 24 anos de prisão, em regime inicialmente fechado. A sentença foi proferida pela juíza Márcia Inês Doebber Wrasse nessa quarta-feira, 4.

Além dele, também foram condenados Cássio Donário Rodrigues, a 21 anos de prisão, e Gabriel Marquardt, a 22 anos de reclusão. Segundo a 1ª Vara Criminal de Santa Cruz do Sul, os três também serão multados e não poderão apelar em liberdade. Eles estavam presos preventivamente – Celso no Presídio Regional e os outros dois, na Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva).

O CRIME

O crime aconteceu no dia 27 de março, na Rua Vereador Adroaldo Campos, no Bairro Independência. Por volta das 13 horas, três homens, um deles armado com uma faca, teriam entrado no pátio da casa do empresário, que estava sentado na varanda. Martins teria sido atingido por dois golpes de faca no peito. 

Na época, a Polícia Civil informou que a suspeita era de que a vítima teria reagido ao assalto e que o objetivo dos bandidos era roubar cerca de R$ 2 mil, que teriam sido sacados pelo empresário para pagar a rescisão de um funcionário. No decorrer da investigação, a polícia descobriu que Celso teria levado os criminosos até o local. 

Câmeras de segurança teriam flagrado o momento em que a caminhoneta dele passava em frente a casa da vítima, pouco antes do crime. O sócio ainda teria aguardado os comparsas dentro do carro. Celso era sócio de José Antônio há pelo menos duas décadas. 

FUGA EM MASSA

Gabriel Marquardt e Cássio Donário estão entre os presos que escaparam do Presídio Regional de Santa Cruz na fuga em massa do dia 17 de novembro do ano passado. Na ocasião, a dupla e outros 24 detentos usaram uma serra para cortar a tela de proteção de uma das celas da galeria B. Depois, usaram uma corda improvisada com lençóis e saíram pela lateral do prédio, que não possui muro. Os dois foram recapturados ainda no dia da fuga.