A Polícia Civil prendeu em flagrante quatro pessoas que fabricavam e vendiam ovos de Páscoa de colher feitos com maconha em Gravataí. Uma mulher e três homens, nenhum com antecedente criminal, foram autuados e encaminhados ao presídio.
Recheio dos ovos era produzido com maconha
O Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) monitorava possíveis esquemas como esse na época da Páscoa há três anos. Neste ano, após 45 dias de investigação da 1ª Delegacia do Denarc, coordenada pelo delegado Guilherme Calderipe, os policiais deflagraram a Operação Lenda e conseguiram desarticular provavelmente o mais elaborado esquema de fabricação de chocolates com drogas no Rio Grande do Sul.
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A equipe localizou e apreendeu 16 caixas de ovos de Páscoa de tamanho grande, preparados para serem distribuídos por todo o Estado. Oito das caixas também tinham um cigarro artesanal de maconha como forma de brinde. O grupo já era conhecido no mercado e os pedidos eram feitos através de redes sociais como o Facebook e, possivelmente, por telefone também.
Grupo vendia os produtos pela internet
Na fábrica artesanal de chocolates, em Gravataí, os policiais encontraram também anotações variadas com informações de entregas a serem feitas e receitas dos chocolates com entorpecentes, indicando a porcentagem de maconha a ser colocada no recheio. Todo o material apreendido vai ser enviado para perícia oficial a fim de verificar a existência de outras drogas como cocaína ou MDMA (princípio ativo do ecstasy) nos produtos.
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De acordo com o delegado Calderipe, além dos ovos de Páscoa, o grupo também oferecia nas redes sociais trufas e outros produtos à base de maconha. O diretor de investigações do Denarc, delegado Mario Souza, destaca a preocupação destes produtos terem sido expostos a crianças e alerta que quem adquiriu produtos sem saber que poderiam conter drogas devem procurar o Departamento de Narcotráfico.
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Fotos: Polícia Civil do Rio Grande do Sul