Donos de cães e gatos do Bairro Aliança, em Santa Cruz do Sul, evitam que seus bichos passeiem pela região, principalmente perto da Rua Henrique Melchiors. Desde o início de abril, segundo os moradores, dois cachorros, quatro felinos e dezenas de pássaros morreram envenenados. Outros também passaram mal, mas resistiram à intoxicação depois de medicados.
Mepe agora está bem, mas no sábado retrasado, ao fugir do pátio da casa do dono – o industriário Ruben Miguel Kist, de 54 anos –, sofreu uma intoxicação ao comer algo que estava espalhado na calçada. Segundo Kist, o cachorro retornou, mesmo mal conseguindo caminhar. Ao chegar à residência, deitou-se e começou a passar mal. O dono o levou ao médico-veterinário e, felizmente, conseguiu salvá-lo. “Foi muita sorte ele ter voltado para casa, se não tinha morrido”, constata.
O cachorro da publicitária Elisabete Theisen, de 45 anos, não teve a mesma sorte e foi uma das vítimas da sequência de envenenamentos que atingiram o bairro. Sempre quando chegava do trabalho, no fim da tarde, soltava o pet, que costumava retornar pouco tempo depois. No entanto, na semana retrasada, minutos depois de cumprir esse ritual, a publicitária foi avisada por um vizinho que o cachorro estava vomitando. “Encontramos ele na esquina, babando e já bem debilitado. Foi uma maldade”, relata. Elisabete chegou a levar o animal ao veterinário, mas logo depois de ter recebido medicação, o cão que atendia por Igor não resistiu.
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Assustados, os moradores contam que acionaram a Vigilância Sanitária e registraram um boletim de ocorrência na polícia para tentar solucionar o problema. Para eles, trata-se de uma ação criminosa que tem intenção de exterminar os animais do bairro. Eles salientam que, nos últimos dias, nenhum animal morreu em consequência de envenenamentos, mas continuam em alerta.