O último fim de semana foi um dos mais violentos na história do Rio Grande do Sul. Entre sexta e domingo, 2 e 4, ao menos 30 pessoas morreram de forma violenta – em acidentes de trânsito ou assassinatos – no Estado, que vive uma grave crise de segurança. Com dez mortes, a capital, Porto Alegre, e a Região Metropolitana puxam os números para cima. Em média, há 7,5 mortes violentas por dia no Estado.
O Rio Grande do Sul vive uma escalada da violência. Na Região Metropolitana, a disputa por território entre quadrilhas do tráfico de drogas tem assustado a população – desde o início do ano, oito corpos esquartejados foram deixados pelas ruas de bairros periféricos. Em 2016, o crime que mais cresceu no Estado foi latrocínio (roubo seguido de morte), que aumentou 34,34% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado.
Em meio à crise, o governador José Ivo Sartori (PMDB) nomeou um novo secretário de Segurança, Cezar Schirmer, ex-prefeito da cidade gaúcha de Santa Maria. A escolha foi criticada pelo fato de Schirmer ter sido indiciado na investigação sobre o incêndio da Boate Kiss, em janeiro de 2013. O inquérito foi arquivado pelo Ministério Público.
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Sartori pediu e o governo federal enviou a Força Nacional para o Estado. Há uma semana, 120 pessoas auxiliam no patrulhamento da capital, mas devem deixar a cidade em menos de 60 dias.