Durante o período em que esteve na Delegacia Especializada em Furtos Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec) de Santa Cruz, nessa quarta-feira, 17, à tarde, Osni Valdemir de Mello, o Sapo, falou com a imprensa. Ele disse que pretendia se apresentar à polícia em breve e que não tinha mais envolvimento com tráfico. “Eu tava só esperando um tempo pra me apresentar. Não tinha mais condições de ficar foragido”. Sapo afirmou que pretendia se entregar à polícia de Candelária. Em junho de 2012, a polícia apreendeu em um sítio no município 451 quilos de drogas que seriam de um grupo chefiado por ele.
Após três anos e meio foragido, Sapo foi preso em uma residência, em Araranguá, município catarinense. Sobre o dinheiro acumulado pelo tráfico, ele negou que tenha guardado algo. “Não tinha muito o que guardar. Eles apreenderam tudo que eu tinha”. Ao ser questionado sobre como vivia nesse período em que esteve foragido, ele alegou que é aposentado por invalidez há 20 anos e vive disso. Admitiu, no entanto, que trocou de endereço diversas vezes na tentativa de escapar da polícia. Sobre o comércio de narcóticos, foi enfático: “Eu tava parado. Não fazia nada mais”.
Na moradia onde Sapo se escondia, os policiais localizaram anotações, que são compatíveis com a contabilidade de tráfico de drogas. No entanto, Sapo nega que, depois de 2012, tenha voltado a traficar. Ele disse aos policiais, segundo o delegado regional e titular da Defrec, Luciano Menezes, que as anotações são referentes ao dinheiro que ele reuniu após três décadas de envolvimento com entorpecentes. Ainda conforme o delegado, embora as anotações possam indicar que ele continuasse distribuindo drogas na região dos Vales, não há nenhuma evidência que comprove isso. “A hegemonia da distribuição ele perdeu naquela época (após a Operação Predadores)”, relatou.
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