Os números da criminalidade na região divulgados recentemente têm causado preocupação nos moradores do Vale do Rio Pardo. Entretanto, em entrevista à Rádio Gazeta na manhã desta terça-feira, 16, o comandante do 23º Batalhão de Polícia Militar (BPM), major Paulo Fernando Soares Nascimento, afirmou que os dados são normais em relação ao trabalho realizado diariamente pelo efetivo. “Nós estamos preocupados, sim, mas os índices são aceitáveis porque o serviço está sendo muito bem feito. Estamos trabalhando muito para reduzi-los”, afirmou.
O narcotráfico foi apontado pelo comandante como um dos principais desencadeadores da criminalidade na região. Em função disso, os policiais militares buscam realizar ações em conjunto com o setor de Inteligência para coibir a ação dos chamados delinquentes. “É uma realidade em todo o Estado, e estamos ‘batendo em cima do efetivo’ para colocar na prisão esses criminosos”, acrescentou. Segundo o major Nascimento, em 2015 foram efetuadas mais de 1,7 mil prisões em Santa Cruz. “É um reflexo positivo do que o pessoal está fazendo”, justificou.
Sobre as iniciativas de prevenção, o major reforçou que um mapeamento das situações de crime é realizado em todas as cidades que compõem o 23º BPM para tentar evitar ações criminosas. “É um trabalho diferenciado realizado pela Inteligência para que possamos prender esses indivíduos. Nosso pessoal está atento e acompanha o movimento deles”, explicou.
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Desfalque no efetivo
Com o anúncio por parte do governo estadual afirmando que novas contratações foram vetadas na segurança pública do Rio Grande do Sul neste ano, a polícia procura, agora, se adaptar com o efetivo já atuante. “É o que temos. Vamos continuar trabalhando nas atividades de polícia ostensiva e vamos incrementar as ações para dar mais respostas à comunidade”, salientou o major.
Uma alternativa levantada pelo comandante foi a possibilidade de o governo contratar profissionais temporários, egressos do Exército, para auxiliar no trabalho. “Se tivermos esse ingresso, eles vão suprir parte do efetivo que está faltando, em especial nas vagas administrativas. Assim, os demais podem ir para as ruas”, finalizou.
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Ouça a entrevista na íntegra:
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