A Polícia Civil indiciou quatro jovens pelo roubo e o assassinato de Walmor Inácio Fengler, de 45 anos. O taxista foi morto durante uma tentativa de assalto em dezembro enquanto trabalhava na madrugada da véspera de Natal, em Santa Cruz do Sul. Dos apontados como envolvidos no crime, apenas um segue foragido. Todos tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça. Os três presos confessaram que participaram do latrocínio (roubo seguido de morte), mas nenhum deles assumiu ter sido o autor dos três disparos que atingiram o condutor nas costas.
No início da madrugada do dia 24 de dezembro, Walmor parou próximo ao Parque da Oktoberfest para que quatro jovens embarcassem. Um deles, no entanto, estava armado com um revólver de calibre 38. A arma seria usada para efetuar três tiros nas costas do motorista. Logo depois do crime, os quatro escaparam correndo e se esconderam em uma residência. No entanto, na fuga, um deles esqueceu um celular junto ao carro da vítima. Com base nas informações contidas no celular, os policiais conseguiram chegar a um suspeito. Morvan Jakson Silveira, de 18 anos, confessou que participou do assalto, mas negou ter efetuado os disparos.
Alguns dias depois, em um estabelecimento comercial no Centro da cidade a polícia localizou Sander Alexandre Ferreira de Ramos, também de 18 anos. Assim como o primeiro a ser preso, o jovem confessou que participou do roubo, mas negou ter atirado no taxista. Alceu Ribeiro, de 19 anos, também foi identificado pela polícia, mas está foragido. O último suspeito a ser identificado, Patrik Cardoso Fernandes, de 22 anos, foi preso no dia 8 de janeiro no Bairro Arroio Grande. Ao contrário dos demais, o rapaz possui antecedentes por assalto e porte ilegal de arma de fogo. Os três estão presos no Presídio Regional de Santa Cruz, onde aguardarão a decisão da Justiça.
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Segundo a delegada Ana Luísa, Aita Pippi, os dois presos apontaram Patrik como sendo o autor dos tiros. No entanto, ele nega que tenha atirado na vítima e aponta o outro rapaz, que está foragido, como sendo o autor. “O taxista não tinha condições de reagir. Estava totalmente indefeso. Foi um ato totalmente cruel e covarde”, afirmou a delegada. Um dos presos contou que o objetivo do assalto era conseguir dinheiro para comprar drogas. Já outro contou que precisavam da quantia para quitar uma dívida, também relacionada à compra de entorpecentes.