Uma das principais testemunhas do acidente que causou a morte de três pessoas da mesma família no mês passado na RSC-287, em Vale do Sol, será ouvida hoje. Ana Luiza dos Santos, de 13 anos, é filha de Vitória Morsch dos Santos, 48 anos, que morreu na colisão, e Jorge Antônio dos Santos, 50 anos, que conduzia o Gol onde eles estavam. Como ainda está em recuperação, a adolescente será ouvida em sua residência. Ela também perdeu na colisão os avós Herta e Hugo Morsch, 75 e 78 anos.
Na noite de 14 de novembro, a família de Ana Luiza seguia na direção de Santa Cruz do Sul, quando o carro foi atingido por um Vectra, que trafegava no sentido contrário. O tenente-coronel da Brigada Militar, Afonso Amaro do Amaral Portella, de 55 anos, conduzia o veículo na direção de Santa Maria. Ele retornava de Santa Cruz do Sul. A adolescente chegou a ficar duas semanas hospitalizada, por isso só será ouvida hoje. Ana Luiza foi removida consciente do local, o que pode permitir que ela relate como teria ocorrido o acidente. Como ainda está em recuperação, a garota será ouvida em casa.
Os condutores ainda não puderam ser ouvidos pela investigação. A polícia aguarda que Santos, hospitalizado há mais de um mês, se recupere. Já Portella foi transferido em estado estável para o Hospital da Brigada Militar de Santa Maria no final de novembro. Outros dois condutores, que afirmam ter presenciado o acidente, foram ouvidos na semana passada pela polícia. Os motociclistas, que residem em Santa Maria, foram ouvidos pelo delegado Marcelo Chiara Teixeira. Segundo ele, os dois confirmaram a versão de que o Vectra, conduzido por Portella, invadiu a pista contrária. Os dois seguiam em um comboio de motociclistas, que viajava para Santa Catarina. “Eles dizem que não foram atingidos por pouco”, relatou.
Os laudos com a conclusão dos peritos sobre as circunstâncias do acidente também são considerados essenciais pela Polícia Civil para esclarecer o caso. Outro exame importante para elucidar o que causou a colisão é o que irá apontar se o condutor do Vectra havia ou não ingerido bebida alcoólica antes do acidente. Uma amostra de sangue de Portella foi encaminhada para análise. No entanto, o laudo ainda não retornou para a polícia. Algumas latas de cerveja foram encontradas no porta-malas do veículo de Portella. As bebidas, entretanto, eram do tipo sem álcool.
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