O Dia do Trabalho em Santa Cruz do Sul foi marcado por manifestações contra a Reforma da Previdência. Os contrários ao projeto se concentraram na praça Getúlio Vargas às 14 horas e depois seguiram para outra mobilização no Bairro Santa Vitória. Na praça, ocorreu apresentações artísticas e culturais, além de inserção política. As atividades foram organizadas pelo Comitê Contra a Reforma da Previdência do Vale do Rio Pardo.
Conforme o vice-presidente do Sindicato dos Comerciários, Marcos de Azeredo, que também participou da mobilização, o evento busca retomar a organização da classe trabalhadora. “Nós não temos dúvidas que esses ataques estão postos aí, como a reforma trabalhista no ano passado, o projeto da reforma da previdência este ano e ainda a ameça de um novo ataque aos direitos trabalhistas. Nós só temos uma saída, retomar a luta dos trabalhadores e unir os sindicatos e hoje estamos dando o exemplo aqui”, diz.
Às 16 horas, os manifestantes saíram da Getúlio Vargas e foram para a praça do Bairro Santa Vitória, onde os protestos continuaram. No evento, foram apresentados painéis sobre os impactos econômicos e sociais da Reforma da Previdência, pintura de painel alusivo ao Dia do Trabalho, sorteio de kit churrasco e prêmios.
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De acordo com o padre da Rede de Comunidades Jesus Mestre da Palavra, Jolimar Márcio Lemos da Silva, o evento tem dois objetivos. “O primeiro é celebrar o dia do trabalhador aqui na periferia, isso porque a periferia não é um espaço apenas de momentos trágicos. A periferia tem coisas muito boas e os nossos bairros tem homens e mulheres que trabalham e defendem a sua dignidade com muito esforço. O segundo ponto é nos unirmos e dizermos não a reforma de previdência nestes moldes que estão propondo”, diz. Um chamado para uma greve geral, no dia 14 de junho, também foi realizado.