Prestes a tomar posse como presidente da Câmara de Santa Cruz, Bruna Molz (PTB) revelou nessa quarta-feira, 26, em entrevista à Rádio Gazeta, um plano para dar ocupação a um patrimônio público que está ocioso há quase duas décadas. Trata-se de uma fração de 1,9 mil metros quadrados em um terreno na esquina entre as ruas Sete de Setembro e Marechal Deodoro, que foi adquirido pela Câmara em 2001. A área originalmente receberia a sede própria do Legislativo, mas o projeto jamais saiu do papel.
Agora, a ideia de Bruna é aproveitar o espaço para instalação de uma usina de captação de energia solar. A estrutura abasteceria a Câmara que, com isso, reduziria os gastos com energia elétrica. Atualmente, essas despesas chegam a R$ 11 mil por mês durante o verão. “Já estou em contato com câmaras de outros municípios que fizeram isso. Uma das minhas principais metas é instalar a energia solar”, afirmou.
Bruna disse ainda que não tem posição definida sobre o imbróglio da sede própria, que se arrasta há anos. O atual presidente, Bruno Faller (PDT), negociou com a Prefeitura a doação do prédio inacabado na esquina entre as ruas 28 de Outubro e Coronel Oscar Jost, mas ainda não há sequer projeto. Embora considere “interessante” a ideia de um imóvel próprio, a petebista não fecha questão. “A sede atual é lindíssima, o único problema é a falta de estacionamento. E não se pode criticar o aluguel, porque as instalações são muito usadas pela comunidade”, lembrou. O aluguel consome hoje perto de R$ 30 mil por mês.
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Após a tempestade…
Na entrevista que concedeu nessa quarta, Bruna Molz também comentou o inusitado acordo entre vereadores governistas e a bancada de oposição que levou à sua vitória na eleição da Câmara. “Não fiz nada de ilegal ou imoral. Surgiu a oportunidade de eu ser presidente, por que não vou abraçar?”, alegou. A petebista também elogiou o candidato da chapa derrotada, Alex Knak (MDB), que após a votação fez duras críticas ao fato de o acordo estabelecido na base aliada, que previa a sua eleição, não ter sido cumprido. “Tenho muita admiração pelo Alex, ele está fazendo um excelente trabalho. Mas nós jogamos em lados opostos. Ele, no meu lugar, talvez teria feito a mesma coisa.”
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Ponto, sim
Bruna também reafirmou que pretende dar sequência já no início de 2019 à discussão sobre a implantação de ponto biométrico para os assessores que atuam nos gabinetes dos vereadores. A Câmara vem sendo pressionada pelo Ministério Público para aumentar o controle sobre a atuação dos CCs, que hoje é falho. “Tem pessoas dizendo que o MP não manda na Câmara, o que é verdade. Mas temos de ouvir a comunidade, o que a comunidade espera de nós como entes políticos”, comentou.
Previsto para ser votado antes do recesso, o projeto que abria caminho para a implantação do ponto acabou adiado. Conforme Bruna, o que ainda precisa ser discutido é como conciliar a exigência do registro de frequência com as atividades que são desempenhadas fora do ambiente da Câmara pelos assessores.
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