Está causando polêmica na Câmara de Santa Cruz o projeto que autoriza a Prefeitura a contratar empréstimo de R$ 10 milhões junto ao Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) para pavimentação de ruas no município. A decisão foi anunciada pelo Palacinho no início de outubro, mas ainda falta o aval dos vereadores para que o financiamento possa ser assinado.

Embora seja favorável ao acordo com o BRDE, a oposição insiste que o secretário municipal de Planejamento, Jeferson Gerhardt, compareça à Câmara para prestar esclarecimentos. Os vereadores querem saber, por exemplo, qual será o critério para definição das ruas que serão contempladas, se as obras serão feitas no modelo de parceria com os moradores e o quanto o empréstimo vai comprometer do orçamento municipal pelos próximos anos. O pedido de convocação do secretário foi apresentado há quatro semanas, mas a reunião não aconteceu.

Na sessão desta segunda-feira, o líder de governo Gerson Trevisan (PSDB) pediu que o projeto fosse votado em plenário e a oposição reagiu, o que levou o presidente Bruno Faller (PDT) a se valer de um precedente regimental para adiar a votação para a próxima segunda-feira. A ideia é que Gerhardt converse com os vereadores antes da sessão, mas isso não está confirmado e a votação deve acontecer de qualquer jeito. “Queremos, sim, aprovar esses R$ 10 milhões. Mas não pode ser na forma de uma caixa preta. Precisamos de esclarecimentos para votar”, disse o líder da oposição, Mathias Bertram (PTB).