Os vereadores de Santa Cruz rejeitaram nesta segunda-feira, 17, a indicação do contador aposentado Cláudio Cariboni para ocupar uma vaga de suplente no conselho diretor da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados (Agerst). O assunto estava pronto para ser levado ao plenário pelo menos desde o fim de agosto, mas demorou para ser colocado em votação porque, nos bastidores, já havia uma articulação em andamento para barrar a indicação – o que se deu por unanimidade.
Cariboni foi eleito em votação pública realizada no fim de junho para escolher o suplente da cadeira destinada ao representante dos consumidores dos serviços. Na ocasião, ele foi o único candidato. Nesta segunda-feira, os únicos vereadores que explicaram o voto contrário foram Hildo Ney Caspary (PP) e Carlão Smidt (PTB). Consideraram que a votação foi mal divulgada e pediram que o processo seja refeito. “O aviso foi lançado 15 dias antes da votação. Muita gente, inclusive eu, não ficou sabendo. É preciso reconduzir o projeto à Prefeitura para que haja uma nova eleição e a comunidade fique sabendo”, alegou Hildo Ney.
Presente no plenário, Cariboni se disse surpreso com o resultado da votação e discordou das alegações dos vereadores. Conhecido por liderar em 2011 um movimento contra o aumento no número de vagas na Câmara e crítico contumaz dos políticos nas redes sociais, Cariboni não tem muita simpatia entre os parlamentares. Ele descartou, por exemplo, que a rejeição tenha sido pessoal. “Os vereadores têm suas razões. Mas quem perde é a agência reguladora, porque vai fazer com que o processo se arraste”, disse.
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Alguns servidores municipais que acompanhavam a sessão aplaudiram os vereadores no momento da votação. Cariboni também costuma fazer críticas ao serviço público e se manifestou favorável à lei que restringe o pagamento de vale-alimentação e vale-transporte na Prefeitura.