Uma reunião especial na Câmara de Vereadores de Santa Cruz vai discutir os atendimentos de saúde oferecidos por sindicatos. A reunião foi proposta pelo vereador Carlão Smidt (PTB) após a Prefeitura proibir as entidades de encaminhar pessoas diretamente ao SUS.
Esse procedimento ocorria desde a década de 1970, por força de um convênio entre o Município e os sindicatos dos metalúrgicos, trabalhadores rurais e empregados dos setores de tabaco e alimentação. A reunião será às 16h30 desta segunda-feira, 9, com representantes do governo, sindicatos e Ministério Público.
Entenda o caso
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O Ministério Público de Santa Cruz do Sul abriu um debate sobre o encaminhamento de pacientes para o Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de alguns sindicatos no município. Na prática, associados e sindicalizados conseguiam exames e consultas pelo SUS antes de pacientes que procuravam os postos.
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Em algumas situações, a consulta ocorre no mesmo dia em que é solicitada no sindicato e o paciente já sai do local com o pedido de exame ou consulta com especialista definido. A situação é muito diferente daqueles que procuram os postos de saúde, onde a espera por uma consulta com clínico-geral pode chegar a mais de duas semanas.
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Após os apontamentos do MP, a Prefeitura se manifestou oficialmente e comunicou uma série de medidas. O Palacinho definiu que, além da proibição da cobrança de taxas pelas consultas quando há encaminhamento ao Sistema Único de Saúde, os sindicatos não terão mais acesso ao SUS.
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Ainda assim, um sindicato do município emitiu nota afirmando que os serviços de saúde prestados no local não seriam paralisados e que não aceita “que seus trabalhadores representados sejam prejudicados”.
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