A falta de treinamento é um dos principais acidentes durante a realização de podas no interior. No último fim de semana, uma mulher morreu enquanto ajudava o marido e o filho no corte de uma árvore. Senilda Bohrz, de 62 anos, foi atingida pelo tronco enquanto segurava uma corda para direcionar a queda. No mês passado um caso parecido ocorreu em Venâncio Aires, quando Sirlei Teresinha Hermes Vogel, de 51 anos, morreu quando um tronco caiu sobre ela durante a realização de uma poda.
Conforme a bióloga da Secretaria do Meio Ambiente de Santa Cruz, Daiane Gaiger, em entrevista à Rádio Gazeta AM na manhã desta terça-feira, 3, uma das formas de evitar que aconteçam acidentes é garantir treinamento aos moradores do interior que costumam realizar a poda em suas propriedades. “Existe uma série de normativas de segurança sobre a manipulação de motosserras e o manejo de árvores. O que ocorre é que hoje em dia as pessoas têm fácil acesso a motosserras sem a realização dos cursos.”
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Segundo Daiane, é possível fazer os cursos através do Sindicato Rural e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Outros cuidados também poder tomados, como usar equipes compostas por mais pessoas, que todas sejam treinadas e que os equipamentos sejam adequados para a tarefa. Quem opera a motosserra também deve prestar atenção nos companheiros, já que o som da máquina é muito alto.
Além da questão da segurança, o excesso de podas também é um problema que pode prejudicar a saúde das árvores, deixando elas enfraquecidas. “O pessoal poda todo ano, o que não é necessário e isso acaba desvitalizando a árvore. Ela vai ter que repor todo os nutrientes para formar uma nova copa.”
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