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Agricultura

Fetag orienta retirada de apoio à greve pelos agricultores

A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag) emitiu uma nota nesta terça-feira, 29, para orientar a retirada de apoio às mobilizações por conta dos prejuízos causados aos agricultores. 

“Desde o início da mobilização dos caminhoneiros, a Fetag manifestou apoio à pauta, por entender que era a mesma dos agricultores. O êxito obtido na reivindicação do diesel, por exemplo, atende a reivindicação da agricultura familiar.  No entanto, decorridos nove dias de paralisações, constatamos que a greve tomou um rumo que traz a perda de controle das mobilizações, passando a ter um foco político-ideológico. Mais de 100 mil famílias, que produzem leite, suíno, frango e hortifrutigranjeiros estão perdendo toda a produção”, diz trecho da nota.

“Diante deste contexto, a Fetag não pode mais concordar com uma manifestação que traz prejuízos desta magnitude para os agricultores. Assim, a orientação da Fetag, neste momento, é que haja serenidade e que os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais retirem o apoio das mobilizações. A Fetag conclama ao comando das mobilizações para desobstruir a passagem de caminhões com produtos dos agricultores, além de insumos e rações para que a indústria possa retomar a produção. A Fetag entende que não pode colocar produtor contra produtor e o prejuízo para a agricultura familiar está muito grande e sem precedentes. Os agricultores não podem pagar a conta da incompetência dos nossos governos e de uma mobilização sem controle”, finaliza a nota emitida pela direção.

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Situação em Santa Cruz do Sul

Renato Goerck, presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Agricultores Familiares de Santa Cruz do Sul, afirma que nenhum produtor precisou colocar leite fora ou registrou perdas em aviários. Segundo ele, o transporte de leite para as indústrias estava normalizado. “Apenas um transportador pediu auxílio para carregar até a Latvida, em Estrela. Solicitamos o apoio da Brigada Militar, que o escoltou”, explicou. As regiões de maior perda, conforme Goerck, são Missões, Planalto Norte e Vale do Taquari. Goerck ainda salientou que não houve interferência no tabaco.

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