A dois dias da nova tarifa de ônibus urbano, estipulada pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados (Agerst) em R$ 4,00, entrar em vigor em Santa Cruz do Sul, o Ministério Público (MP) apresentou o valor da passagem apontado pelo cálculo de uma equipe técnica do órgão. Em entrevista à Rádio Gazeta na manhã desta terça-feira, 22, o promotor de Defesa Comunitária, Érico Fernando Barin, informou que as contas feitas por um perito contábil indicaram reajuste de R$ 3,50 para R$ 3,749, que seria arredondado para R$ 3,75.
De acordo com o promotor, é possível que sejam trabalhados coeficientes operacionais mais baixos para cada item considerado no cálculo, o que resultaria em um reajuste menor. “Entendemos que existe uma margem de resultados, no sentido de que é possível colocar esses coeficientes operacionais mais eficientes”, afirmou. Além disso, Barin alegou que o valor proposto pela Agerst teria um reajuste de cerca de 15%. “Quando iniciou o contrato, em fevereiro do ano passado, subiu de R$ 3,00 para R$ 3,50, aumento de 16,5%. Isso significa que, em menos de dois anos, a tarifa teria um aumento de cerca de 33%. Alguma coisa não está batendo nessa equação”.
Outro ponto observado pelo promotor são os reajustes feitos em outros municípios. Segundo ele, em Santa Maria, a passagem de ônibus urbano passou de R$ 3,60 para R$ 3,90; em Lajeado, de R$ 3,70 para R$ 3,90; e em Bento Gonçalves, de R$ 3,40 para R$ 3,70. Barin explica que a tendência é que até esta quarta-feira, 23, o Ministério Público solicite uma liminar na Justiça para tentar impedir o reajuste de quinta-feira. A Secretaria Municipal de Comunicação informou que a Prefeitura só vai se manifestar após uma decisão da Justiça.
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