A estrada do Corredor Flemming, na localidade de Alto Ferraz, no interior de Vera Cruz, volta a ser um problema a moradores. Depois de aguardar por quatro anos melhorias em parte do trecho, que recebeu obras no ano passado, o agricultor Adair Marcos Conrad, de 34 anos, reclama que a filha de 5 anos não vai poder ir a escola este ano devido a um impasse com a Prefeitura a respeito do transporte escolar.
Adair calcula que a distância entre a casa dele e o asfalto de Alto Ferraz, que leva até a Escola Gonçalves Dias, onde a pequena Larissa Manuela está matriculada, é de cerca de 2,5 quilômetros. Parte deste percurso é pelo Corredor Flemming, estrada que liga o asfalto a propriedades particulares.
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De acordo com Conrad, a Prefeitura vai disponibilizar transporte para apenas um quilômetro desse trajeto. Com isso, Larissa teria de caminhar cerca de 1,5 quilômetro até chegar ao ponto de ônibus. No entanto, o agricultor explica que a filha sofre de asma e, segundo ele, laudos médicos confirmam que ela não tem capacidade para caminhar essa distância, que chegaria a 3 quilômetros diários somando a ida e a volta.
As distâncias calculadas pelo agricultor e pela Prefeitura de Vera Cruz divergem, já que o poder público afirma que da casa dos Conrad até o ponto de ônibus a distância é de 1,1 quilômetro. O secretário da Educação de Vera Cruz, Cláudio Stoeckel, explica que o transporte público não pode avançar este percurso para buscar Larissa, já que 200 metros após o ponto de ônibus, o Corredor Flemming fica dentro de propriedades particulares. “As leis federal e municipal proíbem que transportes públicos entrem em locais privados. Os pais precisam ter responsabilidade quanto a essa parte do caminho”, afirma Stoeckel.
Adair, novamente, discorda da Prefeitura. Ele diz que é possível avançar no local e chegar até a casa dele. Conrad afirma que apenas 100 metros do corredor estariam dentro da propriedade, a última da estrada.
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Na semana passada, Adair levou os laudos médicos ao Conselho Tutelar e à Defensoria Pública na esperança de uma resposta positiva, mas até esta segunda-feira não havia tido retorno dos órgãos. Na sexta-feira, o secretário da Educação, junto do diretor da Escola Gonçalves Dias, foi até a casa dos Conrad para explicar a situação. Porém, o impasse persiste.
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