Moradores da Rua Luiza Geiss, no Bairro Margarida, enfrentam dificuldades pela falta de abastecimento regular de água. A operadora de caixa Sueli Oliveira, de 35 anos, afirmou na manhã desta terça-feira que está há oito dias com o suficiente para apenas encher baldes e bacias. O volume racionado é utilizado para cozinhar, lavar louça, tomar banho e ser despejado no vaso sanitário. “Liguei para a central de atendimento da Corsan durante toda a semana, mas não consegui falar com ninguém. Estamos com o mínimo de água. A cobrança chega todo mês”, critica.
Moradores mais antigos também reclamam da escassez. Segundo Rosa Engelmann Brito, de 48 anos, há 27 morando no local, a água só aparece na torneira durante a madrugada. Na casa, são cinco pessoas. “Quando vem a água, precisamos colocar em baldes para ter no outro dia. Encho a máquina de madrugada para conseguir lavar a roupa”, explica.
O relato é semelhante ao de Gumercindo Tavares, de 80 anos, que foi o primeiro morador da rua, há 30 anos. “A solução foi fazer um poço artesiano no mato. Mas não são todos que usam essa água”, diz.
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Gumercindo, de 80 anos, foi obrigado a providenciar um poço artesiano.
Foto: Lula Helfer.
O gerente da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) em Santa Cruz do Sul, Armin Neri Haupt, alega que não estava ciente do problema, por conta do protocolo, já que uma ordem de serviço não foi gerada. Quando o cliente está com problemas no abastecimento, deve reportar o problema pelo número 0800 646 6444.
“Se a pessoa liga e recebe o atendimento, é gerada uma ordem de serviço. Dessa forma, podemos deslocar uma equipe”, explica. Ele acredita que o desabastecimento pode ser causado pela falta de pressão devido à altitude na região, que dificulta o bombeamento. Uma equipe deve averiguar a situação na rua nos próximos dias.
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