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Rio Pardo

Nível baixo do Rio Jacuí impressiona os veranistas

O nível do Rio Jacuí assusta até veranistas de longa data. O aposentado Ruy Pohl, de 82 anos, um dos propositores da construção da rampa para barcos no Balneário Porto Ferreira, em 1973, afirma que a extensão da faixa de areia é uma das maiores nos últimos anos. É verdade que três cargas de areia depositadas pela Prefeitura de Rio Pardo auxiliaram nesse panorama. Mas o nível baixo do rio deixa a situação ainda mais evidente. “Ano passado chegou a dar enchente. Praticamente não tinha faixa de areia. Este ano está bem diferente”, salientou Pohl.

Nesta quarta-feira, 11, ele e a esposa Lorena Pohl, de 68 anos, aproveitavam a tarde na praia juntamente com o casal Beno Schaefer, de 82 anos, e Lucena Schaefer, de 77. A amiga Roseli Butzen, 67 anos, também desfrutava da refrescância de estar na beira de um rio. “Está muito bom, a água não está barrenta como em outros anos. Só é preciso ter cuidado com as pedras e buracos”, alertou Lorena. Inclusive, em relação aos cuidados, há uma corda com boias que delimitam a área para banhistas. Com o nível baixo, alguns se aventuram a ir mais além, o que pode ser perigoso. 


Lucena e Beno, Roseli, Lorena e Ruy Pohl em Porto Ferreira: “Está bem diferente”.
Foto: Lula Helfer.

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“A preocupação aumenta. A distância para a região em que o rio fica mais profundo diminuiu. Por isso, é importante respeitar o limite das boias. Outro perigo é a aproximação das embarcações, que procuram ter um maior calado para navegar”, comentou o guarda-vidas Alex Maciel Braseiro.

Na Praia dos Ingazeiros, crianças e adolescentes aproveitavam a água para afastar o calor. No Bar do Cebolinha, Getúlio Franco, aposentado de 74 anos, recebia familiares de Santa Maria e Porto Alegre. Ele também comentou que o atual nível do rio é de impressionar. “Geralmente está bem mais alto. É um ano atípico.” 


Getúlio Franco (bem ao fundo) e amigos: espantados com aumento da faixa de areia.
Foto: Lula Helfer.

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O aposentado Valter Fiúza, de 71 anos, morou em Rio Pardo durante 18 anos, mas vive em Santa Maria há 23. Apesar de visitar a cidade com frequência, também se espantou com o aumento da faixa de areia. “Para os veranistas é ótimo. Dá para aproveitar a areia, a água está ótima. Melhor ainda com um peixe frito”, brincou.

Administração Hidroviária  diz que navegação é inviável

O nível baixo do rio se deve à estiagem, resultado do fenômeno climático La Niña, mas também ao escoamento da água pela barragem de Amarópolis, em General Câmara, que está com comportas estragadas. A Administração Hidroviária do Sul (AHSul) ainda aguarda autorização para o início dos reparos. 

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O encarregado Edgar da Silva Rosa afirma que não há condições de navegação, já que o nível está em 2,10 metros. Segundo ele, a dragagem de areia está sendo feita rio abaixo, mais próximo de São Jerônimo e Triunfo, onde o calado permite o carregamento pelos barcos. Na Barragem Anel de Dom Marco, em Rio Pardo, onde as comportas também estão abertas, a situação é semelhante. 

O nível está em 6,30 e apenas algumas embarcações se arriscam, com menor peso. “No final, não vale a pena. Pode estragar a hélice, até encalhar. Está chovendo muito pouco, são pancadas em alguns dias. É uma estiagem muito grande”, disse o encarregado Vito Custódio Pinto.

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