Peixinhos em forma de papel atraíram os olhares da aposentada Ingrid Ronilda Siqueira, de 64 anos. Em cada um deles, mitos e verdades sobre uma doença que tem deixado essa senhora um tanto assustada. “Ouvi no rádio que tem muitas pessoas idosas com Aids, por isso fiquei preocupada e vim aqui para tirar algumas dúvidas”, declarou. Ingrid foi até a Estratégia da Saúde da Família (ESF) Cristal/Harmonia, do bairro Santa Vitória, na tarde desta quinta-feira, 21.

Uma das primeiras atividades das quais ela participou foi a Pescaria do Conhecimento. Com uma vareta em mãos, retirou da caixinha, semelhante a um aquário, um dos questionamentos e o leu em voz alta para que as pessoas que estavam ali pudessem ouvir: “Portadores de HIV, mesmo com o tratamento correto, morrem mais cedo do que as pessoas que não estão infectadas?” E a resposta veio da enfermeira que realizava uma roda de conversa com o grupo.  “Se a pessoa diagnosticada começar o tratamento mais cedo, mais chance ela tem de recuperação e pode viver por mais tempo”, esclareceu.

(Foto: Luiz Fernando Bertuol)

A atividade foi realizada em alusão ao Dezembro Vermelho, mês de prevenção ao HIV/Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis. De acordo com a coordenadora da ESF, enfermeira Juliana Rochemback, várias ações já foram realizadas na unidade de saúde, como rodas de conversa na sala de espera, testes rápidos e oficinas de artesanato.  “Para fazer com que a comunidade participe, utilizamos estratégias como a confecção de objetos decorativos para o Natal, ou seja, promovemos uma atividade que eles gostam para falar sobre o tema”, comentou.

(Foto: Luiz Fernando Bertuol)

Batizada de Dezembro Vermelho, a campanha, instituída pela Lei 13.504, tem o intuito de chamar atenção para as medidas de prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos humanos das pessoas vivendo com HIV. A escolha do mês foi em função do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, celebrado no dia 1º de dezembro. 

(Foto: Luiz Fernando Bertuol)

(Foto: Luiz Fernando Bertuol)