Em mais de cem anos de estatísticas econômicas, o Brasil jamais experimentou uma retração igual à registrada em 2015 e 2016. Empresas e empregos não resistiram ao período de crise e houve achatamento do consumo que, a partir do próximo ano, deverá retomar o crescimento. O momento é de otimismo e permite ao empresário sonhar com um feliz ano novo a partir de janeiro.
O economista-chefe da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), André Nunes de Nunes, confirma que 2018 será melhor. “Estamos em uma recuperação cíclica, que vai acontecer, pois houve um esgotamento do processo de crise. Independente de concluídas as reformas e ajustes de governo.”
Nunes, que palestrou para empresários em Santa Cruz, afirma que a indústria e o comércio passarão por uma reação já na arrancada do próximo ano. Segundo ele, essa reação é parte de movimentos distintos. O primeiro deles diz respeito à produção industrial, com foco na exportação. “A economia mundial segue em crescimento, com baixa inflação e valorização do dólar. Dependendo do segmento industrial, a tendência é de crescimento contínuo.”
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Acompanhando a engrenagem da indústria, o comércio, que é movido pelo consumo, também passará por dias melhores. “O consumo interno dará o ritmo de recuperação da nossa economia. A confiança do consumidor, que percebe a queda discreta do desemprego, será fortalecida”, prevê.