Nesta quarta-feira, 15, se comemora a Proclamação da República. O próximo feriado ocorrerá somente no Natal, que vai cair na penúltima segunda-feira de dezembro. No entanto, se virarmos a página para o ano novo, haverá um número prolongado de feriados e feriadões no País.
Em 2018 estão previstos 14 feriados, com a possibilidade de 12 prolongados. Se forem somados os feriadões em dias corridos, serão 18 dias a mais para descansar.
O tema é polêmico e divide opiniões. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Santa Cruz, João Goerck, é contra feriadões. Segundo ele, cada dia de portas fechadas significa prejuízo. “No meu caso, por exemplo, são 12 funcionários e uma estrutura que me custa R$ 3 mil por dia, trabalhando ou parado.”
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Por outro lado, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Santa Cruz do Sul (Sindilojas), Mauro Spode, acredita que a parada do feriado é a possibilidade de um descanso, que vem recompensar tanto o empregado quanto o empregador. “Esse tema é sempre motivo de muitas discussões, mas nós vemos como positiva a existência dos feriados ao longo do ano”, contrapõe Spode.
Reforma vai facilitar, diz empresário
Para o vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Santa Cruz (ACI), Lucas Rubinger, os feriados são vistos pela indústria como oportunidades.
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“Ainda mais agora, com a reforma trabalhista, que dá poder à negociação e criação de escalas”, ressalta. O dirigente acrescenta que a compensação de horas extras por folgas, também regulamentada na mudança das leis, igualmente colabora com o empregado e o trabalhador, na negociação de feriados prolongados durante o ano.
“Com as projeções favoráveis ao crescimento e recuperação da indústria no ano que vem, a combinação de folgas e feriados não irá atrapalhar. Tudo que é combinado não dói”, complementa.
No supermercado, trabalho normal
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O gerente executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios dos vales do Rio Pardo e Taquari (Sindigêneros), Ernani Wild, observa que nos supermercados, independente da data, é quase sempre dia de trabalho. “Por convenção, apenas o Natal, Ano-Novo, Dia do Trabalho e Páscoa são feriados para os trabalhadores do setor”, confirma. Nas demais datas, segundo ele, as lojas adotam horários especiais, semelhantes aos domingos.
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Câmara votará lei para criar um novo feriadão
O dia 25 de julho é um feriado municipal em Santa Cruz do Sul, dedicado aos colonos e motoristas. No próximo ano, essa data cairá em uma quarta-feira.
Pela regra geral dos feriadões, não há como estender a folga em uma quarta-feira. Os feriados prolongados ocorrem no início da semana, até as terças, ou de quinta-feira em diante.
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Um projeto de lei irá à votação na sessão da próxima segunda, na Câmara de Vereadores de Santa Cruz. O objetivo é modificar a comemoração. Conforme o vereador proponente, Hildo Ney Caspary (PP), o objetivo é puxar o feriado para a segunda-feira, na semana em que se comemora o 25 de julho, na intenção de beneficiar o comércio.
“A proposta inicial deixava flexível, permitindo levar a folga para a segunda ou na sexta-feira daquela semana. Mas uma emenda propôs que seja utilizada a segunda-feira”, revela.
Caso seja aprovada em plenário e depois sancionada pelo prefeito Telmo Kirst (PP), em 2018 o feriado do colono e motorista será no dia 23, segunda-feira, elevando para 12 o número de possíveis feriadões no município.
Até o fim deste ano serão 13 feriados, com nove feriadões em Santa Cruz. Tiradentes, em 21 de abril, caiu em um sábado e hoje – 15 de novembro – é uma quarta-feira.