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Linha Azevedo

Agroindústria com sabor italiano em Ibarama

Cuidar da plantação de milho para que as galinhas façam uma boa produção de ovos é apenas um das preocupações da família de Volmir Bonadeo, 46 anos, em Linha Azevedo, interior de Ibarama. A agroindústria familiar Bonadeo produz massas caseiras diversas. É a nova alternativa de renda da família, que conta com a ajuda da esposa Cleusa, 42, há dois anos. Mas foi em julho de 2017 que construíram um prédio de 90 metros quadrados e investiram R$ 160 mil.

O local está 100% dentro das normas exigidas pela Vigilância Sanitária, com banheiros e vestiários masculino e feminino, sala de limpeza, processamento, embalagem, matéria-prima e sala de expedição. Eles também adquiriram um veículo para entregar o produto refrigerado. É notória a preocupação com a higiene e qualidade do produto. Os agricultores atém aos mínimos detalhes, principalmente por se tratar de um gênero alimentício.

O casal se dedica à função diariamente e concilia com as demais atividades na propriedade. A produção tem uma média de 1.800 bandejas de meio quilo, ou seja, 900 quilos por mês. As vendas, por unidade, custam R$ 4,50 e são feitas em restaurantes, supermercados e eventos gastronômicos de Ibarama, Sobradinho e Segredo.

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A produção contempla o tipo espaguete fino, médio e grosso, talharim, macarrão e massa para lasanha. Os ingredientes são bem simples: ovos e farinha. A escolha pela atividade se deu devido a uma produção em que o casal se identifica e gosta de fazer, já que são de origem italiana. “Nossa massa é de qualidade. Tivemos uma ótima aceitação e já recebemos muitos elogios”, comenta. Um dos grandes diferencias dos produtos Bonadeo é que a massa, depois de pronta, não gruda na panela.

Direto da propriedade

Grande parte da matéria-prima vem da propriedade. Tanto que eles pensam, para o futuro, implantar também uma agroindústria de ovos para utilizar na produção. O casal realizou cursos de Boas Práticas para aprimorar a fabricação. A família conta com a ajuda dos pais dele, Romeu e Nilza. “Nos ajudam dentro das condições deles, pois já têm bastante idade”. Romeu também se dedica à piscicultura. Na propriedade há quatro açudes com carpa capim, húngara e tilápia.

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Além da agroindústria, são plantados 50 mil pés de fumo, três hectares de milho e feijão, e batata para consumo. “Pretendemos continuar com o fumo, mas vamos diminuindo aos poucos”, disse. A ideia da família é parar de plantar o tabaco, tendo em vista que na época da colheita o serviço é terceirizado. A agroindústria também conta com assessoria técnica da Emater/RS-Ascar.

A reportagem foi bem acolhida pela família, que também está à disposição para mostrar sua infraestrutura e o produto. A pretensão é expandir as vendas para os municípios de Lagoa Bonita do Sul e Arroio do Tigre já nos próximos meses.

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