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Comércio

R$ 2 milhões vão embora de Santa Cruz com a Black Friday

Quando o assunto é vendas de fim de ano, a empresária Edinete Freitas, que tem duas lojas de brinquedos em Santa Cruz do Sul, geralmente pensa em contratar mais funcionários. Ela chega a dobrar a mão de obra na época, com foco no consumo do Natal.

Porém, no meio do caminho está a Black Friday, liquidação de origem norte-americana que caiu nas graças do brasileiro. As vendas ocorrem pela internet na última sexta-feira de novembro, deixando um impacto negativo nas lojas estabelecidas no município. De acordo com estimativas da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), o faturamento mensal do comércio de Santa Cruz cai 10% em novembro por causa da  Black Friday. O valor pode alcançar a marca dos R$ 2 milhões em vendas.

“Eu sou contra as compras pela internet. Os nossos produtos têm o mesmo preço, com a diferença que aqui na loja, a criança tem a experiência com o brinquedo”, conta Edinete. Segundo ela, o consumidor precisa valorizar o comércio local, que trabalha por melhores preços e produtos de qualidade – e gera empregos. 

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O presidente da CDL, João Goerck, evidencia o impacto negativo causado pela Black Friday. “É um valor assustador, em uma época que estamos esperando as vendas do Natal”, frisa. 

Comprar na internet tem seus riscos

Segundo o subcoordenador do curso de Ciência da Computação da Unisc, Ricardo Czekster, um dos principais riscos que se assume ao comprar pela internet é o compartilhamento de dados pessoais, como cartões de crédito e documentos. “Muitas vezes, os ladrões virtuais adulteram páginas de locais sérios e links, fazendo com que os dados cheguem neles”, alerta.

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Os ladrões virtuais utilizam diversos artifícios, sempre se atualizando conforme as novas tecnologias vão surgindo. “Há um tempo, surgiu um link no WhatsApp informando que os usuários tinham que clicar ali para atualizá-lo. Mas era um vírus.”

Arrecadação

O secretário municipal da Fazenda, Álvaro Conrad, destaca que qualquer venda realizada fora de Santa Cruz não reverte em arrecadação aos cofres do município. 

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O Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é um dos tributos gerados a partir da venda. Dele, 25% do que é pago pelo lojista retorna proporcionalmente ao caixa da Prefeitura. “Podemos estimar que de R$ 150 mil a R$ 200 mil em impostos são gerados em cima de R$ 2 milhões em vendas”, calcula. 

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