As reivindicações dos cortadores de pedra e calceteiros de Sobradinho, tornadas públicas durante a sessão ordinária de segunda-feira, 30, da Câmara de Vereadores, motivaram uma reunião do grupo com o prefeito Maninho Trevisan na manhã desta terça-feira, 31, na Prefeitura. Vereadores da situação também participaram da discussão, que teve momentos de ânimos acirrados.
Os trabalhadores querem que a Prefeitura valorize a produção local das pedras basalto e utilize-as para a pavimentação de 18 ruas de cinco bairros diferentes da cidade, previstas em um projeto financiado pela Caixa Econômica Federal, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Conforme prevê o projeto, serão utilizados bloquetes de concreto para pavimentar as vias.
Durante a reunião, Maninho afirmou que está aberto ao diálogo, mas que não deve voltar atrás na decisão de utilizar este material, já que existe apenas uma pedreira legalizada em Sobradinho e a produção desta não seria suficiente para atender a demanda prevista no projeto. A licitação já foi feita e há oito empresas cadastradas, sendo que apenas uma não apresentou a documentação necessária.
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Decepção
Apoiados pelos vereadores Maxcemira Trevisan (PDT) e Valdecir Bilhan (PTB), que integram a base aliada do governo na Câmara, os cortadores de pedra e calceteiros cobraram de Maninho uma promessa de campanha feita no ano passado, de que incentivaria as pedreiras do município. Na saída de reunião, alguns estavam desanimados e mostravam decepção, enquanto outros ainda creem em uma reviravolta.
A produção de pedras basalto no município, em boa parte, não é legalizada pela Fepam. Entretanto, muitas famílias dependem desta renda, já que existem cerca de 20 calceteiros e 35 cortadores de pedra atuando em Sobradinho.
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