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Educação

Seminário debate saúde mental de crianças e adolescentes

Professoras, orientadoras e diretoras das escolas municipais e estaduais de Santa Cruz estiveram reunidas com profissionais da saúde nessa sexta-feira para falar sobre os transtornos e patologias mais comuns entre crianças e adolescentes. O seminário foi realizado no auditório da Secretaria Municipal de Educação (Smec) pela Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo (VTRP), em parceria com o Programa Saúde na Escola. 

A psicóloga, terapeuta de casais e famílias e sexóloga Daniela Graeff e o psiquiatra Jesus do Couto aproveitaram o espaço para orientar e sanar dúvidas das educadoras. Couto falou no turno da manhã sobre patologias que aparecem em sala de aula, como depressão, bipolaridade e deficit de atenção e hiperatividade e destacou que muitos casos são enquadrados nas últimas duas categorias. “Nem sempre a criança que está agitada tem esse tipo de problema neurocomportamental – que é crônico e precisa de remédios. Às vezes pode ser uma ansiedade, que é psicológica, e pode ter diversas causas, como o meio em que ela vive, as relações familiares ou até mesmo falta de limites”, explicou.

No turno da tarde, Daniela falou sobre como essas doenças se manifestam e quais ferramentas podem ser usadas pelos educadores em sala de aula. “O professor não precisa e não deve fazer diagnósticos, mas tem que notar quando algo está diferente e, a partir disso, realizar os encaminhamentos necessários”, afirmou. Segundo relatos das profissionais, em muitos casos os alunos que têm famílias desestruturadas são vítimas de abusos e desenvolvem, por estes e outros motivos, patologias e transtornos como depressão e ansiedade. Eles buscam na escola a primeira ajuda, nem sempre de forma clara. Segundo a coordenadora da Unimed VTRP, Jelcí Danieli, foi essa demanda que culminou na escolha do tema.

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“Este é o segundo seminário do programa e partiu de anseios que foram relatados no primeiro encontro. Também tivemos apresentações de alunos, com teatro, dança, música e canto, onde eles puderam não apenas escutar, mas viver essas temáticas.” Já a escolha por encontros regulares, conforme Jelcí, é fundamental para trabalhar as questões de forma continuada e eficiente. Os seminários abordam assuntos como drogas, álcool, violência e sexualidade. 

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