Os motoristas da região que costumam transitar pela rodovia Tabaí-Canoas (BR-386) enfrentam transtornos desde outubro do ano passado na divisa entre Montenegro e Nova Santa Rita, nas proximidades do Velopark. A ponte sobre o Rio Caí está bloqueada no sentido interior–Capital porque a estrutura necessita de reparos. Com isso, o ponto de maior tráfego da rodovia está em pista simples.

O afunilamento no quilômetro 427 provoca congestionamentos em horários de pico. Nas noites de domingo, por exemplo, quando aumenta o fluxo em direção a Porto Alegre, a fila passa de três quilômetros. A superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Rio Grande do Sul afirma que “a ponte apresentava um movimento pendular acima do normal e que provocou um deslocamento do tabuleiro, o que forçou a base dos pilares”. A estrutura poderia ceder com o alto fluxo de veículos de carga, em sua maioria acima dos parâmetros permitidos.

Motoristas são obrigados a trafegar em pista simples no local. Foto: Igor Müller.

O Núcleo de Comunicação Social do Dnit ressalta que a rodovia não está interditada e não se enquadra em uma situação de obra emergencial, razão pela qual o Dnit optou pela contratação integrada do projeto e da execução das obras necessárias à recuperação da estrutura, por meio do Regime Diferenciado de Contratação. A nota explica que a modalidade permite uma otimização das etapas de diagnóstico, projeto e execução dos serviços por intermédio de uma única contratação. O anteprojeto de engenharia já foi concluído e elementos do processo licitatório, como atos preparatórios e termo de referência, estão em tramitação no Dnit para a publicação do edital.

A BR-386 foi a única rodovia considerada regular em avaliação da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Está entre as quatro da região metropolitana que deverão ser concedidas à iniciativa privada (101, 290 e 448) e poderá receber ao menos quatro praças de pedágio depois que a concessionária se instalar. Uma deverá ficar em Montenegro.