Ficou para a próxima semana a votação dos projetos de lei nº 60 e 61, que tratam da concessão de imóveis da parte alta do Parque da Fejão, em Sobradinho, para instalação de empresas. As propostas até estavam na ordem do dia da sessão desta segunda-feira, 3, da Câmara de Vereadores, mas dois pedidos de vistas foram apresentados e aceitos por unanimidade pelos parlamentares presentes no Plenário Ottmar Kessler.
Os pedidos partiram dos vereadores Éder Librelotto (PP) e Jeferson Mattana (PSB), ambos da oposição. Agora, eles terão mais alguns dias para analisarem os projetos antes de levarem para votação. O progressista, entretanto, já confirmou que sua posição é contrária à cedência de imóveis da Fejão. “Parque é parque. Temos um belo parque, que realmente está abandonado. Mas não é com a instalação de empresas que vai se resolver o problema do vandalismo”, justifica.
Um parecer jurídico do Instituto Gama (Igam) foi solicitado em relação aos dois projetos. Além de Librelotto e Mattana, os demais oposicionistas, Preta Teichmann (PSDB) e Maninho Freitas (PP) também questionaram os projetos, o que gerou reações dos vereadores da situação. Líder de governo, Tuki Siman (PDT) estranhou os pedidos de vistas, já que as matérias tramitam nas comissões há uma semana.
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Tuki também destacou a presença maciça da comunidade na sessão, incluindo representantes das duas empresas beneficiadas e seus familares. “Vamos aproveitar que as pessoas estão aqui para discutir. Acho importante que isso ocorra antes de votarmos os pedidos de vistas”, salientou. A sessão chegou até a ser suspensa para que o proprietário da Indústria de Produtos Centro Serra falar sobre a concessão do prédio do antigo restaurante do parque.
Quem também utilizou a tribuna foi o secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Idelfonso Barbosa, que destacou o fato da Prefeitura tratar as microempresas da mesma forma que trata as grandes indústrias do município. “Como secretário, o meu papel é buscar alternativas para gerar emprego e renda na cidade”, explicou, afirmando que o único prédio da Fejão bem cuidado atualmente é exatamente o que foi cedido para a Móveis e Esquadrarias Santo Expedito, que pode ter sua concessão renovada por mais dois anos.
Um projeto aprovado
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Com os dois pedidos de vista aceitos pelos vereadores, a ordem do dia teve a votação de apenas um projeto de lei, o de nº 59, que revoga lei em vigor e autoriza a contratação, em regime de emergência, de um facilitador de Oficina de Artes para atuar junto às oficinas terapêuticas de Atenção Básica em Saúde. A proposta foi aprovada por unanimidade. Já o projeto de lei nº 63 será votado em uma sessão extraordinária na manhã da próxima quarta-feira, 5. A matéria trata da abertura de crédito especial de R$ 11 mil no orçamento municipal.
Presidente da Associação dos Aposentados convida para festa de aniversário da entidade
Na tribuna livre, o presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas do Centro Serra, João Sadi Krug, convidou os vereadores para prestigiarem a festa de aniversário da entidade, que comemora 11 anos de fundação. O evento ocorrerá no próximo domingo, 9. Sadi também aproveitou para falar de sua preocupação com a ausência de ações visando o turismo no município. “Alguém tem que abraçar essa causa. Infelizmente não temos lugar para acomodar o turista”, salientou, se referindo também ao fato de que o município não dispõe de grande rede hoteleira.
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Já o ex-vereador Gerson Lisbôa utilizou o espaço para falar da qualidade do sinal de internet em Sobradinho. “Cheguei a conclusão de que esse problema precisa ser solucionado logo, pois pode ocorrer um colapso na nossa internet. Hoje, ninguém, em lugar nenhum, consegue se desenvolver sem uma internet de qualidade”, analisou. Conforme ele, o município tem o pior sinal de todo o Centro Serra, mesmo sendo considerada a cidade-polo da região.
Já o servidor público aposentado Gabriel de Souza criticou a possibilidade de fechamento de serviços que podem afetar diretamente Sobradinho e a região, como o Batalhão Rodoviário da Brigada Militar de Cachoeira do Sul, a 8ª Coordenadoria Regional de Saúde e a 24ª Coordenadoria Regional de Educação. Ele também atacou os altos impostos cobrados em cima dos medicamentos.
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