O dia 14 de junho é lembrado como o Dia Mundial do Doador de Sangue. No Brasil, 1,8% da população realizaça doações, número que está dentro dos parâmetros de pelo menos 1%. A taxa, entretanto, está longe da meta da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 3% da população doadora.
Em Santa Cruz do Sul, a situação do Hemovida está tranquila para todos os tipos sanguíneos positivos. O problema, segundo o enfermeiro responsável pelo hemocentro, César Priebe, é o estoque de O negativo. “Este tipo sanguíneo sempre tem saída e há poucos doadores”, explica. “Neste momento é o que mais precisamos”.
Ao ser estocada, as hemácias do sangue possuem validade de 35 dias. Por isso, não é possível armazenar uma grande quantidade. “Acontecem situações em que repentinamente precisamos fazer transfusões de várias bolsas. Isso já basta para haver queda significativa no estoque”, explica.
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Priebe salienta ainda que nos meses mais frios, como junho e julho, o número de doadores diminui consideravelmente. Conforme dados do Ministério da Saúde, nessa época do ano, com as férias escolares, feriados de São João e mudança de estação, as doações costumam diminuir, o que ocasiona uma baixa nos estoques de sangue no Brasil. Em Santa Cruz, as doações voltam à média normal em agosto e setembro.
Conforme o Ministério da Saúde, apenas uma doação de sangue pode beneficiar até quatro pessoas. No Brasil, ao ano, cerca de 3,5 milhões de pessoas realizam transfusões de sangue.
Quem pode doar
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No Brasil, pessoas entre 16 e 69 anos podem doar sangue. Para os menores de 18 anos é necessário o consentimento dos responsáveis e, entre 60 e 69 anos, a pessoa só poderá doar se já o tiver feito antes dos 60 anos. Além disso, é preciso pesar, no mínimo, 50 quilos e estar em bom estado de saúde. O candidato deve estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação e não estar de jejum. No dia da doação, é preciso levar documento de identidade com foto.
A frequência máxima é de quatro doações anuais para o homem e de três doações anuais para a mulher. O intervalo mínimo deve ser de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.
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