O Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) promoveu na manhã dessa quarta-feira, 26, evento que marcou o início da colheita da safrinha de grãos no Rio Grande do Sul. A solenidade do Programa Milho, Feijão e Pastagem Após a Colheita do Tabaco aconteceu na propriedade de André Dupont, na localidade de João Rodrigues, no interior do município de Rio Pardo. A programação contou com a presença de lideranças políticas, representantes de entidades agrícolas do Estado, agricultores e convidados.
Na oportunidade, o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, deu as boas-vindas a todos e agradeceu à família anfitriã pela receptividade. O dirigente também destacou a importância do plantio de outras culturas após o tabaco, em especial para a preservação do solo e diversificação das propriedades. “Além de subsistência, garante-se uma renda adicional para as famílias produtoras”, ponderou. Para atestar esse ganho, reforçou números da pesquisa encomendada junto à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), que apontam que 50% da renda dos fumicultores é proveniente de outras atividades agrícolas.
Durante sua explanação, Schünke também apontou o balanço da produção de grãos nas áreas produtoras gaúchas. Segundo pesquisa coordenada pelo SindiTabaco, os produtores cultivam em torno de 74 mil hectares de milho, feijão e soja após a fumicultura, com renda adicional de R$ 287 milhões. Somente a safrinha de milho soma 62.770 hectares, com volume de 426.836 toneladas e produtividade média estimada de 6,8 toneladas por hectare. Nos três estados do Sul, o volume de grãos chegou a 143 mil hectares e R$ 600 milhões de agregação de renda.
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Depoimentos
Durante o evento, o representante da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Marco Antônio Dornelles, destacou que é na propriedade onde tudo acontece, por isso a relevância de se realizar ações no campo para diversificar a matriz produtiva e incentivar a proteção do solo. Já o gerente regional da Secretaria Estadual do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Atílio Puntel, ponderou que o trabalho conduzido pela pasta vai ao encontro das diretrizes do programa liderado pelo SindiTabaco, estimulando, inclusive, a permanência dos jovens no interior.
Defensor da fumicultura, o secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, prestigiou o evento e garantiu o apoio do governo gaúcho para os assuntos de interesse da cadeia produtiva do tabaco. Além disso, destacou que, mesmo em um momento de dificuldades pelo qual passa o governo estadual, acredita na força da superação para construir dias melhores para o Estado. Nessa linha, ressaltou a importância da agricultura no processo de enfrentamento à crise e anunciou a primeira edição da Abertura Oficial da Colheita do Tabaco no RS, que deve ser realizada no final deste ano com o objetivo de valorizar os fumicultores.
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A solenidade também contou com os discursos do presidente da Comissão do Fumo da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Mauro Flores; do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Rio Pardo, Aldemir José de Menezes Santos, que representou a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS); do deputado estadual gaúcho Edson Brum (PMDB); e do prefeito de Rio Pardo, Rafael Reis Barros (PTB).
Saiba mais
Para marcar o início da colheita da safrinha e divulgar resultados do programa, dias de campo foram agendados nos três estados do Sul. Após o evento no Rio Grande do Sul na manhã de hoje, as próximas edições acontecem no dia 3 de maio no município paranaense de Imbituva, na localidade de Mato Branco, na propriedade de José Sirlei Dias de Araújo. Em Santa Catarina, o produtor Everaldo de Souza, de Agronômica, da localidade de Alto Gropp, abre sua residência no dia 4 de maio.
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Vantagens
Plantar milho, feijão e pastagem após a colheita do tabaco permite:
Diversificar suas atividades;
Proteger o solo da erosão;
Aproveitar o residual da adubação do tabaco;
Evitar a proliferação de pragas e ervas daninhas;
Colher mais alimentos para as famílias;
Economizar na alimentação dos animais;
Gerar renda extra na propriedade.
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