Sem acordo nas negociações salariais, professores protestam entre hoje e terça-feira na frente das escolas privadas de Santa Cruz do Sul. Com faixas, cartazes e distribuição de materiais, pretendem informar pais sobre as condições propostas pelo Sindicato do Ensino Privado (Sinepe/RS). De acordo com o diretor estadual do Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinpro/RS), Flávio Henn, a categoria pede aumento de 7%, mas o Sinepe oferece os 4,69% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que sempre norteia as negociações.
“No fim do ano, quando definiram o aumento das mensalidades, previam inflação de 7% ou 8%. No entanto, o INPC ficou abaixo da estimativa e, agora, eles têm margem e mesmo assim não querem pagar aos professores”, explica Henn. Segundo ele, em média, as escolas particulares aumentaram as mensalidades em 11%. A projeção do INPC seria repassada aos educadores, enquanto o restante (4%) ficaria para manutenção e investimentos nas instituições. “Querem qualidade, mas não valorizam o profissional”, lamenta.
Outros impasses são referentes ao limite de alunos por turma, determinado em cláusula, e ao salário inferior dos professores da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental. “Querem aumentar o número de estudantes desses níveis, mas não queremos mexer nisso porque acreditamos que essa é a fase que mais precisa de atenção. Além de ser o grupo que recebe menos, ainda teria uma demanda maior de trabalho”, argumenta Henn. “Buscamos equiparar os salários com os de anos finais”, acrescenta. A próxima reunião entre sindicatos ocorrerá na terça-feira. n
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