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Preço médio do tomate cai R$ 3,00

Com a boa produção, o tomate deixou de ser um dos vilões da cesta básica nas últimas semanas. Embora nas feiras rurais do município a diferença de preço não chame tanto a atenção, em supermercados e fruteiras abastecidos pela Ceasa o valor sofreu redução significativa. Segundo o proprietário de um estabelecimento de Santa Cruz do Sul, Celso Müller, o valor médio do tomate caiu em torno de R$ 3,00 – variava de R$ 3,50 a R$ 5,50 (média de R$ 4,50) o quilo e agora, de R$ 1,00 a R$ 1,98 (média de R$ 1,49). Já em uma fruteira, onde antes o quilo era comercializado a mais de R$ 3,00, agora ele é oferecido por valor entre R$ 0,98 e R$ 1,98.

A batata-branca, que também já foi responsável por elevar os custos dos consumidores, é outro produto que está mais em conta: o quilo varia de R$ 0,80 a R$ 1,40. O valor mais baixo, entretanto, não aumentou o consumo. Pelo contrário. “Não tem como comprar maior volume porque tem validade. E nesse ano tivemos uma redução de pelo menos 5% das vendas em comparação com o mesmo período do ano passado”, comentou Müller.

Silvia Schimuneck Waechter possui um espaço na feira rural do Centro, onde vende tomates. Segundo ela, o tomate tipo capitão é oferecido por cerca de R$ 4,00. Antes era vendido por valores entre R$ 5,00 e R$ 6,00. “A produção foi muito boa, mas agora já está diminuindo. Mesmo assim, não alteramos tanto o preço. Costumamos avaliar como está no mercado também.”

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Prejuízos na Serra Gaúcha

Silvia Waechter, que tem uma propriedade em Linha Pinheiral, afirma que só planta o necessário para vender na feira. “Plantamos pouco, aproximadamente mil pés. Neste período em que as pessoas estão de férias, cai a demanda. Então já sabemos que não adianta plantar muito para não colocar nada fora.” 

A situação de Silvia, porém, é diferente da de produtores da Serra Gaúcha. Recentemente, eles realizaram protesto em razão do baixo valor pago por hortifrutigranjeiros. Enquanto no ano passado o tomate custava em torno de R$ 3,25 o quilo, neste ano passou para R$ 1,00 na Ceasa. A batata-branca também está mais barata em relação a janeiro de 2016: de R$ 2,40 caiu para R$ 0,80. Diante disso, produtores estão colocando hortigranjeiros fora ou deixando apodrecer nas lavouras, em vista dos custos que teriam com colheita e armazenamento. 

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A Emater avaliou que, além de a safra estar boa, o consumo dos produtos teria reduzido por causa da crise. No Vale do Rio Pardo, segundo o técnico da Emater de Santa Cruz do Sul, engenheiro agrônomo Assilo Martins Corrêa Junior, o prejuízo não acontece da mesma forma porque a maioria dos agricultores produz apenas para venda direta na feira rural.


Silvia: demanda cai no período de férias
Foto: Lula Helfer/Gazeta do Sul

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