Educadores de várias instituições de ensino privado e da rede estadual de Santa Cruz e região, acompanhando movimento nacional, paralisam atividades hoje, Dia Nacional de Greve, e fazem atos públicos.  O dia de paralisação, proposto pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e centrais sindicais, é uma mobilização contra as reformas da Previdência e do Ensino Médio e a PEC 55 (que trata do teto dos gastos públicos), entre outras propostas do governo federal.  A  ação no Rio Grande do Sul tem adesão de entidades como o Cpers e Sinpro/RS – sindicato dos educadores do ensino privado -, que orientaram suas categorias a aderirem.

Entre os que aderiram ao movimento na região, estão docentes da Universidade de Santa Cruz do Sul e da Escola Família Agrícola de Santa Cruz (Efasc).  O dia de greve na região também será marcado por atos públicos. O 18º Núcleo do  Cpers/Sindicato e o Sinpro/RS Regional realizam, às 10 horas, um ato regional  em Venâncio Aires, na Praça da Matriz, junto com outros sindicatos. O evento será constituído de pronunciamentos sobre as medidas governamentais que motivam a mobilização e seus efeitos.

Conforme o professor Laudemiro Volmar Trindade, integrante da direção do 18º Núcleo do Cpers, esses projetos  que motivam o protesto são prejudiciais às áreas de saúde e educação, aos educadores, aos trabalhadores em geral e à sociedade.  À tarde, às 13h30, a manifestação será em Santa Cruz, em frente à Praça Siegfried Heuser, também promovida pelo  18º Núcleo do Cpers e o Sinpro. Os demais sindidatos  e entidades sociais que quiserem se manifestar estão convidados a participar, assim como professores e alunos.

Professores da Efasc farão, das 8h30 ao meio-dia, no estabelecimento de ensino, um ato denominado Efasc em Debate, aberto ao público. De acordo com o professor Adair Pozzebon, a intenção é problematizar e discutir as questões da PEC 55, do projeto Escola Sem Partido e da Reforma do Ensino Médio. A atividade terá como painelistas os historiadores Mateus Silva Skolaude, da Educar-se, e Cheron Moretti, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Unisc. Não haverá aulas na Efasc. Os alunos irão participar do debate.

Na Escola Educar-se, a direção, com base em sugestão do Grêmio Estudantil, convidou o juiz André  Luis de Moraes Pinto para conversar com os estudantes do Ensino Médio sobre as questões desse Dia Nacional de Greve, principalmente sobre os projetos de Reforma do Ensino Médio e Escola Sem Partido. Os alunos terão aula até o recreio e depois, com o convidado, farão reflexão e discussão sobre esses assuntos. Em Rio Pardo,  professores e alunos da rede estadual farão, às 14h30, uma caminhada silenciosa pela Rua Andrade Neves e, após, uma aula pública no Clube Taquari.