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Tecnologia

Software que mede a sustentabilidade é utilizado no estado

O Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia (NITT) da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) garantiu mais um registro de programa de computador, protocolado em junho deste ano pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Trata-se do registro do Modelo de Maturidade e Educação para a Sustentabilidade Organizacional (MESO), que busca auxiliar as organizações na implantação de métodos que colocam a sustentabilidade como pilar para melhorar resultados organizacionais.

A partir da utilização do MESO organizações podem avaliar seu estágio de maturidade relativo à sustentabilidade, permitindo a elas verificarem se estão aptas a implantar formas de agir mais sustentáveis. O software é de autoria do mestre em Sistemas e Processos Industriais, Fábio Josende Paz e da professora do Programa de Pós-Graduação em Sistemas e Processos Industriais (PPGSPI) da Unisc, Liane Mählmann Kipper.

“O foco do sistema são as  micro e pequenas empresas, porém qualquer empresa pode utilizá-lo. O sistema oferece, além de um ambiente simples e intuitivo, uma avaliação do nível da maturidade sustentável da organização e sugere algumas ações práticas que podem melhorar seus resultados financeiros, ambientais e sociais, promovendo a sustentabilidade”, explica Paz.

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 O sistema é online e acessado por meio do endereço eletrônico www.mesosoftware.com.br,  utilizando-se qualquer navegador ou plataforma, como computadores, tablets e smartphones, permitindo assim, sua utilização por qualquer tipo de organização. A eficácia da tecnologia desenvolvida foi comprovada por diversas empresas no estado do Rio Grande do Sul, que utilizam o programa para balizar suas ações.

Para Jossimar Farias, proprietário da Padaria Soberana, empresa do município de Dom Pedrito, a utilização do software em seu negócio consistiu em uma ótima experiência. “É uma ferramenta de uso simples e amigável, pois ao realizar perguntas de questões tidas como chave, ela possibilita que se realize uma autoanálise, além de mostrar o resultado gerado por ela. Eu a uso a pouco mais de um ano para acompanhar a evolução da minha empresa no âmbito da sustentabilidade”, relata.

Conforme ele, mesmo a primeira utilização já foi uma experiência reveladora, uma vez que as próprias perguntas elencadas pelo software servem como um uma direção a ser seguida. “Isto é, fornecem um caminho que seria o ideal e, a partir dele, pode-se então buscar por meio de um planejamento, a proximidade com esse ideal”, explica.

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Além disso, o MESO fornece um mapa visual onde se pode ver os pontos fortes e os pontos fracos que devem ser melhorados. “Os resultados obtidos com o uso do MESO apontam para aspectos como a falta de planejamento e a pouca atenção que geralmente é dada para a dimensão social. Nesse sentido, a minha empresa diferencia-se da média na dimensão ambiental”, expõe.

De acordo com Farias, há cerca de dois anos sua empresa vem dando maior ênfase às questões ambientais, como separar o lixo e fazer parceria com catadores; realizar um melhor aproveitamento da luz solar para iluminação interna; fazer a redução do uso de água para limpeza utilizando equipamentos que consomem menos água; lavar os carros com água de coleta da chuva; dar preferência para a utilização de embalagens biodegradáveis; entre outras ações. “Com o MESO é possível traçar objetos visando o crescimento sustentável da empresa”, conclui.

 

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Importância social

Na avaliação do criador do MESO, Fábio Josende Paz, a baixa pontuação alcançada pela maioria das empresas ao utilizarem o software na área social revela a não existência de indicadores e ações nesta área. “Por isso a importância da organização promover ações permanentes no âmbito social, como por exemplo, projetos em colaboração com a sociedade do seu entorno, programas de qualidade de vida para seus colaboradores, entre outros”, disse. Paz explica que na área ambiental existem indicadores e ações que são realizadas sistematicamente, porém, geralmente, são decorrentes de leis e fiscalizações existentes no âmbito ambiental.

Em um estudo realizado com 29 micro-empresas do município de Dom Pedrito, que utilizou como ferramenta metodológica o MESO, cujo objetivo era identificar o conhecimento sobre sustentabilidade que estas empresas possuíam, o resultado médio obtido destas organizações foi o estágio 2 – que é a iniciação à sustentabilidade, onde a organização não percebe a sustentabilidade como diferencial competitivo e não relaciona sustentabilidade com melhores práticas.  Ainda nesse estudo observou-se o foco predominante na esfera econômica, o que potencializa a relevância da utilização do MESO, que norteia as ações das empresas tendo em vista o desenvolvimento sustentável.

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PPGSPI tem 5º software registrado em 2016

No ano de 2016 outros quatro softwares desenvolvidos pelo PPGSPI também obtiveram registro junto ao INPI. São eles, o IQA Data 2015; Espectrodata; M&J Transient Calculator for Cylinders; e SIREG – Sistema de Informação para Análise Regional.

Para ter acesso a mais informações sobre o Programa de Pós-Graduação em Sistemas e Processos Industriais (PPGSPI – Mestrado) e saber mais sobre os softwares desenvolvidos disponíveis para download, acesse: www.unisc.br/ppgspi.

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