Duas faixas erguidas nas galerias da Câmara de Santa Cruz durante a sessão de ontem à noite por pessoas ligadas ao Movimento João da Silva irritaram os vereadores e geraram bate-boca no plenário. Em uma das faixas, a inscrição era: “Nós é quem pagamos a conta da orgia com assessores”, em alusão à revelação, feita pela Gazeta do Sul na semana passada, de que CCs indicados pela Mesa Diretora recebem salários de mais de R$ 10 mil sem estar sujeitos a controle de frequência. A outra dizia: “Queremos ser ouvidos. Vossas senhorias estão estuprando a nossa paciência”, em relação a uma pauta de reivindicações elaborada pelo movimento.
O primeiro a se referir às faixas foi Wilson Rabuske (PT), que se queixou dos termos usados nas inscrições. Minutos depois, o presidente Alceu Crestani (PSDB) solicitou ao grupo que retirasse as faixas e chegou a levantar a voz quando um deles fez menção de responder. Os manifestantes, porém, mantiveram o material exposto. Após a votação, foi lido no microfone o documento entregue pelo movimento, que pede a redução do salário do prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores, além da redução do número de assessores parlamentares pela metade e a reativação da Tribuna Popular.
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