Marcada por momentos tensos e debates acalorados, a assembleia do Conselho Comunitário das Regiões Pedagiadas (Corepe) do Trecho 8 trouxe revelações sobre o andamento obras no Trevo do Fritz e Frida, na RSC–287. Questionados sobre a lentidão das intervenções, representantes da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) reconheceram equívocos no projeto original e problemas na execução do serviço por parte do Consórcio Ebrax-Iccila. Porém, alegaram que não existe falta de recursos e garantiram a retomada da obra a partir da próxima semana. O encontro foi realizado na tarde de ontem no Espaço Assemp, no Parque da Oktoberfest, em Santa Cruz do Sul.
Já na abertura da reunião houve um intenso bate-boca. O presidente da EGR, Nelson Lidio Nunes, fez duras críticas ao presidente do Corepe, Luciano Naue, por declarações dadas a um veículo de imprensa sobre uma suposta planilha de custos para a RSC–287. Nunes chegou a falar que Naue deveria adotar uma “postura de homem”. Em resposta, Naue chegou a chamar Nunes para a rua para mostrar “quem é homem”. No final da assembleia, ambos pediram desculpas pela “troca de farpas”.
Pela primeira vez, o presidente da EGR admitiu equívocos no projeto original do viaduto, desenvolvido a “toque de caixa”, segundo ele, pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). Conforme Nelson Lidio Nunes, no começo do ano passado, após análise no local, foram necessárias alterações no que diz respeito às estacas do viaduto. “Estamos mudando o pneu do carro enquanto ele está andando. Mas é preciso salientar que temos recursos assegurados para a conclusão integral da obra”, ponderou.
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Nunes afirmou que a Ebrax aguarda para segunda-feira a chegada de ferragens no canteiro de obras, o que vai possibilitar a retomada do trabalho na estrutura das vigas do viaduto. O presidente da Empresa Gaúcha de Rodovias ainda elogiou o auxílio prestado pela Prefeitura de Santa Cruz. O Município colocou à disposição da EGR uma jazida para retirada de terra para acomodar na obra. “O prefeito tem se desdobrado para nos ajudar a resolver um problema que na verdade é nosso. E com isso, com certeza vamos conseguir levar a bom termo essa obra”, disse.
De acordo com o presidente do Corepe Trecho 8, a cobrança da comunidade regional se dá justamente no sentido de acelerar o andamento das intervenções, “que estão em ritmo lento, quase parando”. Para Luciano Naue, além de manter os pagamentos em dia, a EGR deve fiscalizar o trabalho realizado pela construtora contratada. “Ela tem o gerenciamento e o planejamento da obra para cobrar da empreiteira. Se no ano passado teve dois meses de atraso por causa da chuva, isso está previsto na licitação. Mas agora, em janeiro e fevereiro, não tivemos chuva. Então existe um problema de planejamento da Ebrax”, apontou.
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