Prestes a completar um ano, o passador de fauna instalado no Acesso Grasel, em Santa Cruz do Sul, reduziu drasticamente o número de animais atropelados na via. O mesmo ocorreu na Avenida Melvin Jones, onde duas estruturas foram construídas em agosto de 2015 e, desde então, nenhuma morte foi registrada pelas equipes que monitoram a fauna do Cinturão Verde. E os números gerais de mortalidade devem cair ainda mais, pois nos próximos meses outros passadores estão por sair do papel.

De acordo com o idealizador e responsável pelo monitoramento, o biólogo Jair Putzke, a avaliação após cerca de um ano da instalação do primeiro passador é muito positiva. “No Acesso Grasel, a redução de atropelamentos no ponto onde a estrutura foi instalada é de 80%. Já na Melvin Jones, onde colocamos dois passadores, atingimos 100% de mortes a menos graças ao nosso trabalho”, comemora. O projeto da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade e do Departamento de Biologia da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), busca proteger principalmente os macacos do Cinturão Verde, mas também gambás, cuícas, serpentes e outros animais que vivem nas matas.

Putzke confirma que mais cinco passadores devem ser instalados este ano. A implantação, porém, ainda depende de alguns fatores. “Temos a necessidade de colocar mais um no Acesso Grasel, dois na RSC–287 e dois na Rua João Werlang. Porém, dois destes lugares estão em obras e na rua do Bairro Belvedere a instalação depende de viabilidade técnica”, explica. Quando todos estes estiverem prontos, acredita Jair, a mortalidade de animais do Cinturão Verde deve ficar bem reduzida.

E essa redução não se deve apenas aos passadores em si. O biólogo conta que o fato de a população saber que foram instaladas estruturas para facilitar a passagem dos animais em certos pontos já vem ajudando. “Os carros têm reduzido a velocidade, cuidando mais para não atropelar animais nestes pontos estratégicos”, destaca. 

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