Dados divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho mostram que, pela primeira vez desde 2007, Santa Cruz do Sul encerrou o ano com saldo negativo na geração de postos de trabalho. O município acompanhou a tendência de retração na empregabilidade em nível de País e perdeu, entre janeiro e dezembro de 2015, 1.674 vagas.
Os relatórios do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) deixam claro o impacto da desaceleração da atividade econômica e da queda na venda de bens e serviços no mercado de trabalho: em todos os dez maiores PIBs do Rio Grande do Sul, o número de demissões foi superior ao de contratações. Santa Cruz teve o terceiro menor recuo, atrás de Passo Fundo e Triunfo. Em Porto Alegre, por exemplo, foram mais de 19,5 mil desligamentos a mais do que admissões no decorrer do ano.
Carro-chefe da economia local, o setor industrial foi o maior responsável pelo tombo. A indústria metalúrgica foi a que mais sofreu, com saldo negativo de 585 vagas – a queda mais abrupta foi no mês de dezembro, quando houve 397 demissões a mais do que contratações. No caso do tabaco, os dados mensais mostram que o volume de contratações temporárias foi menor: 8.724 em 2015, ante 10.546 em 2014. Além disso, as fumageiras começaram a dispensar os safreiros mais cedo: o primeiro mês com saldo negativo foi maio, enquanto, no ano anterior, a queda havia começado apenas em junho.
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