As altas temperaturas aliadas ao elevado nível de umidade no ar indicam um cenário preocupante para os produtores de soja. Estas condições climáticas são favoráveis para o desenvolvimento de um dos maiores problemas atualmente enfrentados por quem se dedica ao cultivo da planta: a ferrugem asiática. Focos da doença, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizie, já foram constatados em três dos 39 municípios da área de abrangência do escritório regional da Emater-RS/Ascar, com sede em Soledade. A incidência foi localizada em Santa Cruz do Sul, Segredo e Mormaço. Além disso, o resultado de uma amostra de Venâncio Aires ainda é aguardado.
Conforme o chefe do escritório da Emater-RS/Ascar de Santa Cruz do Sul, o engenheiro agrônomo Assilo Martins Corrêa Junior, a ferrugem asiática começa a atacar a soja a partir do momento da floração. Segundo ele, embora comum nos últimos anos, a doença é extremamente danosa para a plantação da oleaginosa e os extensionistas da entidade têm trabalhado para implementar o manejo integrado das lavouras.
Em entrevista à Rádio Gazeta, assistente técnico regional da Emater-RS/Ascar, Josemar Parizzi, fala sobre monitoramento dos casos de Ferrugem Asiática em lavouras de soja:
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O que é a ferrugem asiática
A ferrugem asiática é uma das doenças de maior risco da cultura da soja na atualidade e representa grande potencial de perdas na produtividade. Os primeiros casos relatados no Japão, em 1903. Posteriormente foi constatada em outros países da Ásia e na Austrália em 1934, na Índia em 1951 e no Havaí em 1994.
No Brasil, a doença foi encontrada, pela primeira vez, no final da safra de 2000/2001, no Paraná. Na safra 2002, a doença foi relatada em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Já na safra 2003/2004 ocorreu de forma generalizada, em quase todo o País, causando prejuízos consideráveis em várias regiões produtoras.
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