Numa iniciativa do vereador Elo Schneiders (SD), a Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul realizou uma sessão solene para a concessão do título de Cidadão Santa-cruzense ao técnico agrícola da Emater, Paulo Zampieri. Ele nasceu no dia 5 de dezembro de 1961, em Antônio Prado (RS). É filho de Vicenzo Zampieri e Ângela Pazeto Zampieri.

Com apenas 10 anos, sua família transferiu-se para Caxias do Sul, onde realizou seus estudos. Cursou o Ensino Médio no Colégio Murialdo, em Ana Rech, de 1977 até 1979, com habilitação em Agropecuária. Realizou concurso público e ingressou na empresa Ascar/Emater em 18 de maio de 1981 em Caxias do Sul. Logo depois fez a opção de trabalhar em Santa Cruz do Sul para “acompanhar” as feiras rurais. Desde então, é o responsável pelo gerenciamento, coordenação e acompanhamento da feira rural em Santa Cruz do Sul e, da Associação dos Feirantes de Santa Cruz do Sul. É casado com Nilza Terezinha Goerck e tem dois filhos, Fernando e Carolina.

Também foi fundador dos veteranos do Atlético de Linha Nova e também jogador da equipe. Disputou o campeonato Cinturão Verde com o clube com o qual desde o início teve forte ligação. Outro fato: foi um dos grandes incentivadores do Festival Gaúcho do Porco no Rolete, hoje um evento consolidado no município e que traz um grande público de diversos outros municípios e até de outros estados.

“Ao longo de todos esses anos de dedicação aos feirantes, o Paulo pode abrir e fechar qualquer porteira das propriedades. Todos sabem da tua dedicação e seriedade do teu trabalho, a tal ponto de ser uma referência no trabalho de assistência aos agricultores do nosso município”, apontou o vereador Elo Schneiders.

O homenageado da noite lembrou a importância da extensão rural para a agricultura familiar no município. “Quero aqui agradecer à família da Emater/RS pelo apoio e posso dizer que Santa Cruz hoje virou uma referência no Estado pelo seu forte trabalho que realiza na área da Feira Rural. Quero aproveitar e fazer um apelo para que o poder público tenha maior atenção à agricultura familiar”, finalizou Paulo Zampieri.

Feira Rural

Também foi prestada a homenagem pela passagem dos 35 anos de instalação da Feira Rural no município. A feira iniciou com a associação de 28 famílias produtoras de frutas e verduras, no começo da década de 80, resultou numa das maiores organizações de comerciantes de Santa Cruz do Sul: a Feira Rural. Com pontos de vendas instalados em cinco locais da cidade, ela completou no dia 23 de setembro, 35 anos de funcionamento.

Desde o início, a feira passou por uma série de mudanças. No começo, os vendedores se concentravam na Rua Galvão Costa, defronte ao pavilhão da Oktoberfest, oferecendo sua produção na calçada ou em bancas improvisadas nos próprios carros. Atualmente, os feirantes contam com estruturas nas quais podem efetuar suas vendas de uma maneira mais organizada.

A unidade central funciona na Rua Vereador Walter Kern, próximo ao Fórum, e atende todas às segundas, quartas e sextas-feiras das 15h30 às 19h30. Os demais pontos construídos em estilo germânico ficam nos bairros Senai, Arroio Grande e Esmeralda e atendem nas terças das 14 às 19 horas e aos sábados a partir das 6 horas. Na Rua João Pessoa, a Feira Rural abre quartas-feiras e sábados de manhã, a partir das 6 horas.

Ao todo, 69 associados de diversos pontos do interior de Santa Cruz do Sul atuam nas feiras, onde ocorre venda direta. Um dos destaques é a comercialização de hortigranjeiros produzidos com técnica orgânica, sem a utilização de adubos químicos. Outra vantagem é o preço, pois a associação realiza pesquisas junto aos supermercados para definir os custos de venda, que são em média 20% menores.

Tudo isso contribui para que a feira continue em funcionamento por tanto tempo. Segundo estimativas da Emater, em média são vendidas todos os anos 1,5 mil toneladas de produtos como frutas, verduras, cereais, conservas, cucas, pães, peixes, laticínios, flores, ovos e plantas medicinais. Uma comissão formada pela Emater, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Secretaria da Agricultura e Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) promove reuniões periódicas para definir as estratégias de funcionamento das feiras.

A Feira Rural teve início no dia 23 de setembro de 1980, com 28 famílias que se instalaram na Rua Galvão Costa, que acabaram oriundas dos antigos Clubes 4 S e grupos do Lar. Inicialmente, os artigos eram recolhidos de caminhão fornecido pela prefeitura. Posteriormente, os agricultores se organizaram em grupos e passaram a transportar mesmos os seus produtos até a cidade. O primeiro ponto de vendas foi na rua Galvão Costa, local onde os feirantes permaneceram atendendo por duas semanas, depois passaram para a Rua Ernesto Alves, próximo da antiga Estação Férrea. Após, foram construídas barracas de madeira, cobertas com lona defronte da estação. Em 1984 foi criada a Associação Santa-cruzense de Feirantes (Assafe), com a finalidade de representar os produtores de hortigranjeiros. A atual feira do Centro foi inaugurada em 1985, com 20 bancas para os produtores. Hoje ela possui 26.

Atualmente, a Assafe conta como presidente Rogério Mayer, tendo como vice Danilo Hentschke; Tesoureiro – Egon Noy e vice Paulo Nichterwitz; secretário, Carlos Waechter e vice, Vitória Waechter; Assessor Jurídico – Roque Dick. O Conselho Fiscal é composto por Paulo Sehn, Giovane Fritzen, Lovane Hentschke e, Suplentes, Liane Dupont, Ingo Neumann e Carlos Goetze. Os representantes das feiras são: Centro – Carlos Goetze, Fernanda Nichterwitz e Erni Noy; Arroio Grande – Ingo Neumann e Clóvis Hartmann; Oktoberfest – Décio Beckenckamp; Senai – Clarice Stolben e Astor Hermes e Esmeralda – René Goettems.

O presidente da Assafe, Rogério Mayer, lembrou o trabalho dos fundadores que deixaram o legado para que as famílias pudessem seguir com o trabalho de oferta de produtos de qualidade aos seus clientes. “Trabalhamos para oferecer mais por um valor menor, com o foco na qualidade dos produtos”, destacou.