O deputado federal santa-cruzense, Sérgio Moraes, classificou a situação em Brasília como uma “queda de braço” entre grupo que quer segurar a Dilma e grupo que deseja que ela saia. Em entrevista à Rádio Gazeta na manhã desta quarta-feira, 9, o parlamentar comentou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin, de suspender o processo de impeachmeant da presidente Dilma Roussef.
“O Governo viu que estava perto de perder mandato e correu para o Judiciário. É um fato inédito: em duas horas o STF suspendeu a decisão até próxima semana”, afirmou Moraes, salientando que o Judiciário não costuma ser tão rápido no país.
Após a vitória do grupo de opositores e dissidentes por 272 votos contra 199 da base aliada em eleição em sessão ordinária na Câmara dos Deputados na terça-feira, 8, o PC do B entrou com pedido de suspensão no STF, alegando que a votação secreta não está prevista no Regimento interno da Câmara e na Constituição. “O que levou o grupo governista ao Judiciário foi o resultado da votação. Se tivessem vencido, teriam ficado quietinhos. O Governo está se afundando e tenta se agarrar a tudo que pode”, analisou o deputado. “O que me surpreende é o PC do B, que sempre teve posição definida, se vender por meia dúzia de cargos”, completou.
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Apesar da vitória na votação desta terça-feira, Moraes lembrou que o número de votos favoráveis à Dilma é o suficiente para ela se manter no poder. “Tem muita gente que pensa que a vitória foi esmagadora, mas não foi assim”, explicou. De acordo com ele, seria necessário 174 votos a favor da presidente para evitar o impeachment em uma possível votação, e, caso a posição se manter, a presidente se mantém no poder.
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