O material que a maioria das pessoas descarta na lata de lixo se tornou matéria-prima para um grupo de mulheres de Pantano Grande garantir maior qualidade de vida. Uma vez por semana, as dez participantes do projeto  Costurando um novo futuro se encontram na sala da oficina no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e produzem desde pequenos ímãs de geladeiras ou chaveiros até anjos, bolsas, almofadas entre outros objetos maiores, que ajudam a aumentar a renda familiar. Tudo é confeccionado com o reaproveitamento de produtos, como caixas de leite, retalhos, papelão, tampas, garrafas pet, vidros, entre muitos outros, com a compra apenas de um ou outro produto para os acabamentos.

Criado em 2007 com o foco no aumento da autoestima, crescimento pessoal e enfrentamento de situações de vulnerabilidade de pessoas de famílias que foram alvo de medidas judiciais, o projeto completou no início de outubro oito anos de atividades. Nessa trajetória, o grupo não apenas aprendeu a usar a criatividade para transformar lixo em luxo, mas mudou o comportamento. 

No mês de setembro, a fábrica de confecções Pitt, de Santa Cruz do Sul, ofereceu um caminhão de retalhos. Sem disponibilidade de veículo desse porte, a Prefeitura buscou 12 sacos do material com uma camioneta. Desde então, as participantes das oficinas trabalham basicamente com os tecidos, com o aproveitamento desde pequenas tiras até recortes maiores.

Simples tampinhas de garrafas, por exemplo, nas oficinas de artesanato viram pequenos chapéus decorativos, chaveiros ou bonequinhos com ímã para geladeiras. A assistente social Claudia Cardoso destaca que o trabalho do projeto contribui com o desenvolvimento das potencialidades das famílias.