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Agricultura

Granizo castiga região fumicultora do Sul do País

Os últimos dias não têm sido bons para a região fumicultora do Sul do País, principalmente o Vale do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul. Além das chuvas que castigam as lavouras de tabaco, a grande incidência de granizo também deixa a diretoria da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) preocupada. Na atual safra, o número de registros chega ao impressionante número de 14.386 lavouras de tabaco atingidas, contra 2.949, no mesmo período da safra 2014/2015.

“Foram 7.658 somente de sábado, 11, até esta sexta-feira”, revela o presidente da entidade, Benício Albano Werner que, inclusive, cancelou sua participação na reunião da Associação Internacional dos Produtores de Tabaco (Itga, na sigla em inglês), que ocorre na próxima semana, em Madri, na Espanha. “O momento é de estar ao lado do nosso grupo de avaliadores e auxiliar no que eles precisarem, pois, o objetivo maior da entidade é de dar assistência ao nosso associado”, enfatiza Werner. Ele ainda comenta que, nestes 40 anos que trabalha na Afubra, não tem lembrança dessa sucessão violenta de tempestades de granizo, como as verificadas na terça, quarta e quinta-feira desta semana, e que atingiram os três estados do Sul do Brasil.

Toda a equipe de avaliadores da Afubra está em campo atendendo os atingidos. Porém, a grande dificuldade do trabalho é a intensa e frequente precipitação de chuva. “Na semana que passou, tivemos dois dias de trabalho, com avaliação em 950 lavouras. Não precisamos de sol, mas também não pode chover. E, considerando o número de atingidos e que, pela nossa experiência de que muitos não avisam sobre as incidências e abordam o avaliador quando este está avaliando lavouras na comunidade, este número pode ter um acréscimo de 15 a 20%. Isto dá três semanas de trabalho”, esclarece Benício, pedindo a compreensão dos associados.

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O presidente da entidade ainda orienta os produtores para que prossigam com a colheita do tabaco, mesmo que a lavoura tenha sido atingida por granizo. “Só pedimos que deixem as vergas de amostra, conforme as orientações, para que o nosso grupo possa fazer a avaliação”, explica Benício.

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