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Santa Cruz do Sul

Cultura alemã em evidência: Oktobertanz realiza ação na Getúlio Vargas

Santa Cruz do Sul, terra colonizada por alemães, é reconhecida nacionalmente pela tradição germânica que carrega. Fruto dessa valorização são os grupos folclóricos que, unidos pela cultura, procuram realizar atividades que fomentam o espírito tradicional com frequência. A Sociedade Cultural e Folclórica Oktobertanz é um exemplo clássico. Neste sábado, 5, o grupo juvenil da entidade realizou a apresentação de diversas danças típicas – de integração e apresentação – na Praça Getúlio Vargas, no Centro da cidade. Crianças, adolescentes e jovens, vestindo trajes típicos, chamaram a atenção dos pedestres e condutores que circulavam pelo local.

O santa-cruzense Cláudio Schulz se diz apaixonado pela tradição germânica. O engajamento é tanto que ele atua como voluntário na Oktobertanz há diversos anos. “A ideia da iniciativa de hoje é chamar a atenção para a cultura alemã. Lutamos diariamente para deixar esse legado”, revela. Entoando saudações em alemão, o voluntário atuou de maneira intensa na divulgação da apresentação, assim como procura fazer em todas as atividades do grupo as quais integra. A relação é de pura identidade. Na mesma sintonia está o casal Roselei e Mário Luiz Winkelmann, que integram a diretoria da Sociedade. Ambos também participam do grupo de casais que se apresentam em eventos típicos.

Além de ser vice-presidente do grupo, Roselei também é professora de danças típicas. Nas apresentações deste sábado, ela comandou as duas primeiras danças – Sauertanz e Jägermarch – e as que seguiram na sequência – Knödel Drahner, Kleiner Mann In Der Klemme e Sibenschritt. Os jovens dançarinos, atentos a cada passo dado, não titubeavam um segundo na hora de realizar a coreografia. “Os ensaios são semanais na Bierhaus. Quem quiser pode participar”, convida Roselei. Já na liderança da Oktobertanz está Alberto Bencke, presidente e um dos fundadores da entidade. Com um típico traje alemão, ele esteve presente na apresentação da manhã de hoje para incentivar os jovens dançarinos. “O pessoal dança porque tem vontade. Dá gosto de ver”, opina, orgulhoso.

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Engajado nas atividades há mais de 11 anos, Bencke conta que o grupo foi fundado em 1986, há 29 anos, como um suporte à Oktoberfest. Porém, com o tempo, surgiu a necessidade de transformá-lo em uma sociedade. “Foi em novembro de 1997 que tudo começou. Precisávamos dar uma ajuda para a gurizada que dançava e temíamos que, se não fizéssemos nada, tudo terminasse”, lembra. Atualmente, a função do santa-cruzense é, além de coordenar tudo o que envolve a Oktobertanz, integrar a equipe através dos eventos, como a galinhada tradicional e os bailes típicos. Ele, inclusive, convida a todos que tenham interesse em fazer parte da entidade que compareçam aos encontros realizados semanalmente. Basta entrar em contato com Alberto através do número (51) 9916-2320.


Cláudio Schulz, Alberto Bencke, Roselei Winkelmann e Mario Luiz Winkelmann
com a boneca do Kerb

Revivendo o Kerb

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No próximo dia 12 de setembro, a Oktobertanz realiza a September Fest – Resgatando o Kerb. O evento começa com um culto, às 18 horas, na Igreja Evangélica Centro, seguido de uma janta às 19h30, na Bierhaus. A animação ficará por conta da Banda ShowBrass. O famoso Baile de Kerb, na história da colonização no Brasil, teve início com a chegada de imigrantes alemães na cidade de Dois Irmãos, no dia 29 de setembro de 1829, dia comemorativo em alusão ao Arcanjo São Miguel.

Por 186 anos, a festa tem sido comemorada em muitas comunidades e regiões alemãs. São realizados os Cultos e a Missa Solene, dando um caráter ecumênico à festa. Após a saída das igrejas, os fiéis são recepcionados com música típica e seguem em procissão ao Salão de Baile, onde a abertura da festa é feita com a dança da Polonaise.

À noite, são realizados os Bailes de Kerb. Cultuando as tradições, fatos folclóricos permanecem vivos, como a coroa (Kerwenkranz – pendurada no meio do salão de baile, ornamentada com verde, flores e fitas de papel crepom colorido, que se espalham por todo o salão), a Bandinha típica, composta por pistão, saxofone, trombone e baixo tuba, que interpreta músicas trazidas pelos imigrantes, como polkas, marchinhas, rütsch-polka, valsas e marcha-polka.                          

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A festa do Kerb transcorre durante três dias consecutivos, iniciando-se no domingo, com missa pela manhã e baile à noite, terminando na terça-feira, com o último baile.Porém, atualmente, em alguns locais as festividades iniciam já na sexta-feira.

*Com informações cedidas pela Oktobertanz. 


Boneca do Kerb, que era leiloada nas festividades, possui
uma garrafa de cerveja em baixo

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