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Indústria devolve tempo à rotina em Candelária

Dizem que o tempo é o bem mais preciso da atualidade. Que o diga quem costumava contar as horas para chegar em casa e agora pode contar os minutos para ficar perto da família e fazer uma pausa no conforto do lar. Mais do que movimentar a economia de Candelária, a chegada de novas indústrias, que juntas empregam 1,8 mil trabalhadores, transformou a vida de muita gente. Pessoas que antes incluíam em sua rotina o tempo perdido do deslocamento até as cidades onde trabalhavam hoje conseguem fazer tudo a pé, otimizar cada segundo e aproveitar pequenos momentos. Ganharam mais disposição e qualidade de vida.
 
Até o ano passado, Josiane Ramos, de 26 anos, precisava se deslocar todos os dias até Lajeado para trabalhar em uma empresa do ramo alimentício. Ela precisava sair da cidade por volta das 13 horas para chegar no trabalho às 15h40. Voltava para casa só de madrugada, pelas 3 horas. Nos intervalos, dava um jeito de telefonar para a filha Lunara, hoje com 4 anos, que sentia falta de passar mais tempo com a mãe. Mas essa é uma história que ficou para trás.
 
A industrialização de Candelária, que se acentuou nos últimos anos, fez com que muita gente pudesse mudar de vida. Um dos maiores impactos recentes foi a chegada da Calçados Beira Rio, que emprega 460 pessoas e desenvolve atividades desde o início do ano. Com a mudança, Josiane já não precisa falar com a filha somente nos horários de intervalo. Pode levá-la na creche antes de começar a trabalhar, às 7 horas, consegue almoçar em casa e buscar Lunara no final do expediente, por volta das 16h50. “Pego ela na creche, venho pra casa. Dá tempo de fazer muita coisa. No horário de verão vai ser melhor ainda”, exemplifica Josiane. 
 
MAIS PERTO DA FAMÍLIA
 
A rotina de acordar às 4 horas da manhã para sair de Candelária 55 minutos mais tarde terminou para Tânia Maria Machado Flores, de 48 anos. Quando trabalhava na Calçados Beira Rio de Santa Clara do Sul, saía de tardezinha e chegava em casa, no Bairro Ewaldo Prass, somente por volta das 19 horas. A possibilidade de mudar essa rotina surgiu quando Tânia soube que a empresa abriria uma filial em Candelária. “A gente teve que mostrar bastante interesse. Pedimos para ficar mais perto da família”, explica. E deu certo.

Em fevereiro deste ano, Tânia foi transferida para a unidade de Candelária. O filho dela, Claudiomir Júnior Flores, de 18 anos, e o marido Valdomiro D’Ávila, de 36 anos, conseguiram a transferência em março. Os três, junto com Keyla Katherine Flores, de 9 anos, filha de Tânia, gostam de morar em Candelária e da oportunidade de estar perto de casa. “É a cidade da minha vida. Amo viver aqui”, comenta Tânia. Os trabalhadores da família, então, se livraram de andar de ônibus todos os dias. Chegava a ir três ônibus lotados para Santa Clara. 
 
LEGISLAÇÃO ATRATIVA E LOCALIZAÇÃO
 

Candelária tem, ao todo, 21 indústrias espalhadas pela área municipal. O secretário de Indústria, Comércio e Habitação, Jorge Willian Feistler, dá pistas sobre a forma como o município atrai novos investimentos. No ano de 2013, foi modificada a Lei Municipal de Incentivos para impulsionar o crescimento econômico do município e também da região. “Precisávamos de algo para ser diferente dos demais (municípios)”, diz Jorge Willian. 
 
Por meio da legislação, a Prefeitura está autorizada, por exemplo, a subsidiar aluguel (de acordo com a quantidade de funcionários e faturamento) e fazer a doação de imóvel ou ainda reembolso de despesas. Hoje, segundo o secretário, quase todas as empresas têm o apoio da Prefeitura. No atual governo, a Prefeitura investiu R$ 2 milhões em áreas para doar para empresas. 
 
Dessa forma, a lei se tornou um diferencial e um ponto forte de Candelária. Outro trunfo utilizado na prospecção de novos investimentos é o ponto onde o município está situado. “Temos uma localização privilegiada. Tem a ERS-400, a RSC-287 e logo tem Santa Cruz. Existe fácil acesso para todos os municípios”, avalia Jorge Willian. E atenção: novas indústrias estão por vir. 

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