A partir desta quarta-feira, 1º, todos os pacientes que internarem no Hospital Ana Nery passam a contar com um novo sistema que prima pela segurança na assistência prestada: a classificação de riscos à que os pacientes estão expostos durante a internação. De acordo com o risco, uma tarja colorida é colocada na cabeceira do paciente, abaixo do seu nome, bem como um lacre da mesma cor é fixado na pulseira de identificação.
O sistema de classificação por cor faz parte da política de segurança adotada pela instituição, que teve início em 2011, com a criação do Grupo de Risco e Segurança (GRS). Em 2012, o Ana Nery adotou as pulseiras de identificação, com dados impressos contendo nome completo do paciente e da instituição, data de nascimento e número de atendimento. As pulseiras são intransferíveis, invioláveis e hipoalergênicas. Na sequência, foram fixadas placas de acrílico na cabeceira de todos os leitos, onde é colocado o nome completo do paciente.
Segundo a coordenadora do GRS do Ana Nery, enfermeira Suzeline Ferreira, este novo sistema funciona como um sinalizador visual, alertando os profissionais de saúde quanto ao risco a que o paciente está exposto. Além do risco estar registrado no prontuário, prática de rotina da equipe médica e de enfermagem, agora foram definidas seis cores, uma para cada risco: alergia, queda, evasão, risco medicamentoso, úlcera por pressão e paciente psiquiátrico, sendo que dentro de cada posto de enfermagem há uma tabela com o significado de cada cor. “Optamos por adotar a cor para manter a privacidade do paciente, pois somente a equipe tem acesso ao significado de cada coloração, divulgando de maneira discreta informações importantes”, explica.
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Suzeline explica que, antes de implantar este novo sistema, o GRS elaborou um manual, baseado em bibliografias relevantes da temática. “No Brasil, ainda são poucos os hospitais que utilizam as cores na classificação, o que já é mais frequente nos Estados Unidos e Europa”, afirma. Neste manual, além da explicação de porquê e como classificar, há formas de como abordar este método com o paciente e seu familiar. “A Anvisa orienta que cada vez mais o paciente e seu familiar sejam participantes no processo de recuperação da saúde”, esclarece.
Desta forma, o Ana Nery treinou todos seus enfermeiros, profissionais que passam a ser os responsáveis em aplicar este sistema nos pacientes e disseminar as informações para a equipe. O processo é divido em três etapas: na internação do paciente o enfermeiro realiza a avaliação e classificação dos riscos através do sistema. Após, ao conversar com o paciente e seu acompanhante, coloca a tarja colorida na cabeceira do leito e o lacre na pulseira. A cada 48 horas, uma nova avaliação é realizada.
A colocação do lacre é um outro dispositivo importante de segurança. Como ele fica preso à pulseira, acompanha o paciente durante sua internação, dentro e fora do quarto. “Se a pessoa é levada para fazer um exame ou um procedimento, a equipe envolvida consegue visualmente identificar os riscos e, consequentemente, adotar medidas preventivas necessárias”, explica a enfermeira. Além disso, evita a colocação de várias pulseiras, deixando o paciente mais confortável e menos exposto.
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