Foi realizada na tarde dessa segunda-feira, 22, no Teatro Dante Barone, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, uma audiência pública da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal, com o objetivo de discutir o Plano Safra 2015/2016. A sessão foi presidida pela senadora gaúcha Ana Amélia Lemos e contou com a presença da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Kátia Abreu, deputados estaduais e federais, além de diversas lideranças do setor agrícola no Estado. Também estiveram presentes o presidente da Emater/RS, Clair Tomé Kuhn, e o diretor técnico da instituição, Lino Moura.
No evento foram expostas reivindicações dos produtores ao governo federal, como renegociações de dívidas, o custo das lavouras e as condições de competitividade com produtores de outros países do Mercosul, fornecimento de energia de qualidade ao meio rural, entre outras. Kátia Abreu falou brevemente sobre o trabalho que vem desenvolvendo a frente do Mapa e debateu as questões trazidas pelos demais participantes.
O presidente Clair Tomé Kuhn avalia de forma positiva o novo Plano Safra, já que haverá mais recursos disponíveis para os agricultores tomarem crédito, mas faz uma ressalva. “O que nos preocupa é o aumento dos juros para esses empréstimos que, somados ao preço dos insumos, podem trazer dificuldades para os produtores gaúchos”, afirma. “Neste sentido, continuaremos trabalhando para que nossos extensionistas estejam cada vez mais próximos do agricultor, difundindo novas tecnologias, capazes de diminuir os custos de produção, e oferecendo alternativas de diversificação para que possamos ter propriedades autossustentáveis”, complementa o presidente da Emater/RS.
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“Acredito que a audiência pública foi muito importante, porque é sempre muito salutar reunir os representantes de todos os setores do meio agrícola do Estado para discutir com o governo federal, estadual e deputados. A partir disso, precisamos começar a pensar no desenvolvimento de políticas públicas que sejam planejadas para de cinco a 10 anos, no mínimo, assim como um seguro agrícola que dê segurança aos produtores para que eles continuem produzindo com tranquilidade”, finalizou Kuhn.