Milhares de prefeitos de todo o Brasil se reuniram nesta semana em Brasília e para o prefeito de Venâncio Aires e presidente da Associação de Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp), Airton Artus, esta edição da Marcha dos Prefeitos vai ser um divisor de águas para os municípios. Ele conversou com a Rádio Gazeta na manhã desta sexta-feira.

Para Artus, desta vez mudou o eixo em que as reivindicações são focadas em Brasília e pela primeira vez os prefeitos tiveram mais atenção do Legislativo do que do Executivo. Neste ano o Congresso, por meio do senador Renan Calheiros e do deputado Eduardo Cunha, deu sinais de que quer dar andamento a projetos que podem trazer amplos benefícios aos municípios. Tanto Calheiros, quando Cunha, apresentaram projetos concretos sobre pautas que já foram discutidas pelos prefeitos e que estão dentro da pauta de votação da Câmara e do Senado. Já o governo federal, segundo o presidente da Amvarp, enviou apenas o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, para cumprir o protocolo, sem novas propostas ou alternativas aos municípios.

Entre os projetos que interessam diretamente aos municípios brasileiros está a lei que proíbe a criação de programas sociais sem o dinheiro garantido para o repasse às prefeituras. Segundo Artus, este projeto não resolve todos os problemas, mas estanca o que está ocorrendo atualmente. Esta foi uma das pautas que o presidente da Câmara prometeu ser votada até julho, as demais estão inclusas no calendário de 2015 para que possam ser executadas já em 2016.